segunda-feira, 14 de novembro de 2016

dentro [é sempre longe...] - sobre quando bailamos y você não estava

passou a língua três vezes
na minha face

me descobriu andreza
chuva para seu desejo pagão

meus olhos se fecharam
te abracei serpenteadas vezes mais forte

não tinha como conter o desejo no seu em si
esta dança que se faz fogo
chama y chama y llama

duas inevitáveis
gozando
o encontro

com os dedos fundos de infinito,
buscávamos amor
no que ele nos enlouquece

nos atacamos no quarto escuro da nossa claridade
os amassos que não se cabem na palavra amassar
o corpo-poesia

as pernas todas locas de si mesmas, voando
os braços inteiro apedregulhando
feito inteiras unhas de lilith

onde está este desejo
este amor
como se fosse perto.. [¿?]

não canso,
continuo..

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