terça-feira, 11 de outubro de 2016

recife desperto

acordou
abriu as pernas de poesia
e elas voaram até mim
não soube contar quantas asas
azuis vermelhas
borboletas já prontas
na manhã
nos recifes
7 vidas de asas elétricas de células suas
voam penas 

e cospem fogo
vestidos colando também as bordas
gráficas do seu vir
dragoa-borboletrizada
no pano da pele
cabe o infinito
no que vi
e seu nome
giro para o outro lado da cama
não me assusto:
seus olhos-duas-asas enormes
saindo elas próprias
de suas asas...
queimando
aos voo
o vento do nosso despertar
acordo
outras vidas
assustadas da minha
se levantam e vão embora
coube o tempo de dizer me lev...
e antes que eu terminasse
fui...

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