domingo, 9 de outubro de 2016

poeta

os faróis se diluindo
o asfalto torto
emburacado de passos
meu lugar nenhum perdido também de mim

onde levam as luzes da cidade?
o seu nome de novo
na minha saliva Fé
o seu nome
Deus
dissolvendo o amor
me deixando os pedaços
aos pedaços

cortam-me os olhos
os joelhos
os dedos
o ventre
a garganta toda picotada de te chamar

escrevo esse poema
acreditando em retalhos
e mãos sobre
as minhas tremidas vozes
onde você ressoa teamo..

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