terça-feira, 25 de outubro de 2016

do desejo

enquanto houver desejo
haverá as pontas
do iceberg
derretendo sob as geleiras dos nossos corpos

íntimos vazios fundos
a espera de dedos 
viajantes sem destino

enfia tua língua na minha
boca de palavras
suadas, te encontro no passo
com'passo de versos
que te sobem
y descem

poesia dançante
do teu corpo
do teu corpus luz

enquanto houver desejo
o teu nome
nomeando o desejo 
derretidas vezes
teamo

no gosto nunca gasto
do beijo que de novo
ah... de novo não veio

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