é claro que eu mandaria
meu poema de pernas abertas
meu sexo de flores
orvalhando o amor sem consumo
na floração das margaridas
todo amarelo é absurdo
e o meu sol tem o tamanho
do seu vermelho
então eu te mando meu retrato
experimento do fazer-amor que te tenho
solto o cabelo,
te entrego meu pescoço
e você me arranca uma fala
essa é a foto que te quero,
borrada disso que é nosso
entregue, escarpada de infinitos
te dou-me isso
que não existe
e você me retrata
um futuro
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