é com as pontas dos pés
que entrego-lhe
a palavra vem
aos ouvidos
assim declamando a tinta do vento
a tinta do mais alto do meu corpo
quanto corpo
humano
frágil
decaídas roupas
nua
pronta para receber também
isso que me aterra em teu corpo
isso que me chama
isso que é vermelho e não sabemos
e não sabemos
e não sabemos
e você toca o que nunca nunca voaria de você
dois olhos parados a te olhar
e te pintando,
porque é assim que eu vejo a liberdade
corpos impossíveis
um turbilhão de existires no meio
e o Nome
o nome que é sempre outro
in
significante biforme
e teamos escorridos
porque amor não é de asas
é de liquidez
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