domingo, 10 de julho de 2016

de volta

hoje fui na janela e molhei isso que segura ela: as cortinas vermelhas. pinguei uma colônia de alfazema. daqui, sinto o cheiro leve que vem deles. fiquei feliz por não fazer mais nada além disso, hoje.

e que bom poder sentir os aromas... às vezes a gente não sente nada, e diz que tá sentindo amor. vai entender. é que a gente sente que nasceu pronto para fazer amor com as feridas. a isso então a gente tava dando o nome de amor. deus me livre abraçar minhas feridas e ama-las. eu quero é que elas se fodam. ou que se curem logo, nunca tive muito paciência com elas assim toda feridas. prefiro movimentar os entornos. eu sei, às vezes a gente esquece. eu hein.. coisa loka a gente néh?

ai ai.. eu já estou catalogando, mania minha de ter lua em virgem.. então isso de sofrer, é humano. não fujo não. também não desafeto. o feto, sabe, o feto machuca quando sai de lá de dentro. então é isso, vou nascer essas dores.. mas, ah, eu vou reclamar sim, até elas não terem mais nome, até que pelas bordas nasçam sinais, cravos, espinhas e eu me doa outra..

caprica que sou, abandono a casca. a casa. nada quero com nenhum nome meu. eu sinto nas palavras, nas coisas que não são, aonde Você me chamou.

obrigada. agora é também com você, isso de amar. eu sarei, tô amando.

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