segunda-feira, 13 de fevereiro de 2017

para ti [chove no meu vestido]

existe um fluido do tipo loucura ascendenciando o teu corpo metastasiado. corpo cometa, de estrelas vermelhas adicionado ao meu aquário. y eu poderia te chamar zebra, mas das listras todas, nada acompanharia o teu nome. o teu sorriso sempre colado à loucura do que vejo desde..

tomo um susto,
sua mão me aquece sob a taça de vinho

eu não estou aí,
mas e esse estar permanente nas coisas que vejo?

2 horas de distância do meu tempo
no seu
do seu no meu

é espaço suficiente para vivermos histórias
juntas
no tempo sagrado da nossa ficção

então tiro os sapatos
aparelho o Zoom dos teus olhos nos meus
entrego a chave do meu quarto

y você a brincar de mim

[não estou mais sozinha, é certo]

existe você em tudo que vejo,
desde as 2 horas até chegar na tua
os astros as tempestades as magias o vidro do carro
as sopas os quadros com tuas cores escolhidas

se lisboa fosse aqui,
choveria na minha boca
o tempo de duas horas
tu, romeu
y yo mexicana

meu vestido molhado tem o nosso tempo
reverso

chega e tira de mim este peso
eu te entregaria o porto
mesmo sabendo que ele é
daí

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