quarta-feira, 22 de fevereiro de 2017

encontro

um porão
me habita

eu que não habito o porão faz tempo
que conto estórias de fora
que planto flores nos olhos dela
que me plantou um sorriso

ela que me lançou duas ondas
y uma terceira no céu
da boca

elétricas, minhas mãos vão pr'lá
pr'cá
como se fossem dela

enquanto me borda infinitos,
o meu ventre transborda
poesia

ela que teceu cores, sabores
y meu escuro se abriu em...

ela que traçou a rota tecno
xamânica dos colibris

voo entre as estrelas do seu nome,
o caos que mais não sei
e quero olhar

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