sábado, 18 de fevereiro de 2017

da tentativa de conter um buraco que..

há um buraco em tudo o que vejo. um buraco que não é solidão ou morte e faz mover. há um buraco, y mesmo que eu esteja triste, ele continua lá onde eu não acesso. difícil respeitar essas regras de linguagem, quando o peito infla a falta. porque existe nesse buraco que há um tudo, uma falta. falta esta que não sei e nunca se soube onde começaria. nunca ninguém disse onde se começa uma falta. seria como dizer onde se começa uma foda, porque a gente sabe que nunca se sabe e já está lá fodendo. depois a gente se fode e tal. mas é sempre essa falta no meio que dá num buraco que é como um orgasmo em tudo quanto existe Nome.

acendi uma vela, respirei algum tempo.não sei o que respirei vela.. uma chama se acendeu no meu peito, e não era ela. o buraco se faz presente.. escorre sobre as chamas do meu corpo que está molhado porque eu na verdade acabei de sair do banho e ainda estou molhada com a cena de sense8. eu não sei, mas parece que quanto mais a gente vai entrando, entrando entrando, mas a gente vai saindo disso que é nada. é como sair e querer estar limpo ou com alguma coisa que dizer disso tudo. então é um fluxo pesado onde não se tem narrador ou mesmo eu lírico, então as palavras se tornam elas mesmas o que deveriam ser no tempo de uma foda em prosa como se estivesse rasgando essa tela em mil e um pedaços de incompreensões que nada se parece com vazio ou nada, porque na verdade está se fazendo corrente infinita de ilusões e que na verdade se fosse mesmo uma ilusão ela nem teria sido seguida de uma verdade que nem é minha ou da minha voz. porque por mais que a gente fale da porra do buraco, o buraco nem é porra. ele é flor germinada de caos que quando nasce nem nasce, morre e vira estrela que no fundo bem no fundo não é estrela nem flor nem da terra nem do ar y nem morre. esse buraco é da aflição do sem nome, é de um não sei inexplicável que mora nele mesmo. então que ele é isso. é isso mesmo.. y vai continuar sendo.. ele, absoluto que pode ser um tanto dele mesmo: absorto. mudo. quando ela, majestosa ou apenas Vida.

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