sabe quanta pólvora arranquei
da minha garganta
para que enfim você viesse,
Vida?
rasguei o fogo
a vertiginosa camada que duplica a chama
completei os acertos
me sucumbi em erros
para que enfim você viesse
engasguei o pó
salivei
me perdi
e agora que te encontro, vida
altiva. morta. muda.
completando meus nadas
em alegrias
tristes
em tristes alegrias
idas
vindas
pernas abertas
te escolho
passado presente futuro
solidão é tempo Vivo
e não importa se a mão do outro não está sob a minha..
a mão da vida está
suadas me entranho
ela me estranha
mas entra-me
e é só isso que quero
que me queime
esse ir e vir nas costas
unha dos ventos
cravando sexuais girassóis de sorriso
essa vida que restaura o nome a poesia os encontros as lacunas
esta vida que
Vida
Nenhum comentário:
Postar um comentário