domingo, 7 de agosto de 2016

parte I de parte alguma

sonhei que te cavalgava.
e cristais caiam da sua boca.

um riacho perdido nos olhos,
isso de te olhar
 e não ver nada.

onde foi que nos perdemos, hamã?
as espadas ainda cortam nosso corpo
 isso que não vem
 isso de.

 onde foi que..

e eu te tocaria mil vezes mais
sem sentir nada
e é também por isso que não te toco o nome
não te chamo

absorvo a candura disso que some
disso que não é mais
nada

antes um pulsar glorioso
 a pele do que foi gozo
uns arrepios

olhos molhados de te ver

agora este nada
o escuro claro

que escorre até a última gota
do meu deserto de você

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