sabia que chegaria um dia, não muito apropriada, mas justo. um dia que os astros acusariam o profanado do profano já revelado. aquilo que se repete e é. e também por isso essa disproporção do oco dos nomes das bocas do corpos. nada me pertence, nem meu corpo mais carnal, pele e pelos. nada pode ser senão o que transporta o espírito. e eis que então a gente vê o outro chegar, transpondo também suas luzes e escuridões dimensionais. o karma estendido sobre a nomenclatura. meu nome é andreza, sobrenome nada. priscila no meio do corpo, da voz. disso que comunica. meu nome-nada aborda as estruturas e faces de dentro. as células, os dentes por dentro do que é dente mordendo ele mesmo para se abrir em dente. os olhos arcos e a flecha que liga ao coração ao desejo ao som que leva ao sorriso que vai levando até o nada. o nada do sobrenome. sobre o nome o nada voando as melodias solitárias de som. melando a boca até o caroço que é garganta. soltando e contraindo a linguagem dos mundos. os planetas e plantas irradiados pela energia. eletricidades no meio das pernas. trovões que se puxam como íman. cidade desertica; nada nada nada.
no fundo a única verdade é estar vivo e falar sobre ela como se a comesse: verdadura. enlaçado ao amor, gota a gota, desaparecendo uns nos outros como um céu.
no fundo a única verdade é estar vivo e falar sobre ela como se a comesse: verdadura. enlaçado ao amor, gota a gota, desaparecendo uns nos outros como um céu.
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