giros flashes
ligas
poetas
ingleses
eu quero você
na minha fome
língua latina
dia 22 é um lindo dia para nascer
sem ascendencia em mim
sem destino Eu
rebelde até as pontas do encontro,
Meu,
quarta-feira, 31 de agosto de 2016
ardencia
esse fogo
que você me é
se afunda em chamas
o fogo da boca
o piercing iluminado dos beijos
sem nome
que você me é
se afunda em chamas
o fogo da boca
o piercing iluminado dos beijos
sem nome
terça-feira, 30 de agosto de 2016
pedreira
a pineal é um trovão
chovendo estrelas nos olhos
a alma levita
as pedras de vento
giro
piso
e sei onde Sou
guerreira
chovendo estrelas nos olhos
a alma levita
as pedras de vento
giro
piso
e sei onde Sou
guerreira
trevas de luz
talvez o corpo
a voz do deserto que anuncia a passagem
talvez a areia e a vertigem
o atabaque
o vento a tempestade
iansã'xangô
num raio trovoado
me levem de volta
ao útero da terra
que me trouxe aqui
luz
céu
separações
tentando Uma
a voz do deserto que anuncia a passagem
talvez a areia e a vertigem
o atabaque
o vento a tempestade
iansã'xangô
num raio trovoado
me levem de volta
ao útero da terra
que me trouxe aqui
luz
céu
separações
tentando Uma
quinta-feira, 25 de agosto de 2016
< 3
ainda estou presa
ao perfume da noite que você
foi
como um é
esticado nos dias de semana
- bom dia
- boa noite
terça-feira, 23 de agosto de 2016
fim de tarde rosada
é estranho como no fundo do que é verdade, há a revelação. e revelar-se é como tirar da verdade o que nela é a verdade. é como se tivéssemos prontos para sangrar de verdades. e um verde claro se anuncia sob as árvores. um surgimento no escuro do verde. mansidão. então é isso que a ficção proporciona também: este estado de. estar sob o que se sente. pôr a mão no coração como o sol se põe no céu e vai embora sem dizer muito, mas revelando isso que se escapa. então era isso. seria isso?
sabia que chegaria um dia, não muito apropriada, mas justo. um dia que os astros acusariam o profanado do profano já revelado. aquilo que se repete e é. e também por isso essa disproporção do oco dos nomes das bocas do corpos. nada me pertence, nem meu corpo mais carnal, pele e pelos. nada pode ser senão o que transporta o espírito. e eis que então a gente vê o outro chegar, transpondo também suas luzes e escuridões dimensionais. o karma estendido sobre a nomenclatura. meu nome é andreza, sobrenome nada. priscila no meio do corpo, da voz. disso que comunica. meu nome-nada aborda as estruturas e faces de dentro. as células, os dentes por dentro do que é dente mordendo ele mesmo para se abrir em dente. os olhos arcos e a flecha que liga ao coração ao desejo ao som que leva ao sorriso que vai levando até o nada. o nada do sobrenome. sobre o nome o nada voando as melodias solitárias de som. melando a boca até o caroço que é garganta. soltando e contraindo a linguagem dos mundos. os planetas e plantas irradiados pela energia. eletricidades no meio das pernas. trovões que se puxam como íman. cidade desertica; nada nada nada.
no fundo a única verdade é estar vivo e falar sobre ela como se a comesse: verdadura. enlaçado ao amor, gota a gota, desaparecendo uns nos outros como um céu.
no fundo a única verdade é estar vivo e falar sobre ela como se a comesse: verdadura. enlaçado ao amor, gota a gota, desaparecendo uns nos outros como um céu.
segunda-feira, 22 de agosto de 2016
boa noite
quero o vento
da tua ausência
para te buscar
em dias de chuva
de nós
ardentes
como o que não pode ser não
presente
como um oco
da tua ausência
para te buscar
em dias de chuva
de nós
ardentes
como o que não pode ser não
presente
como um oco
sala
gosto
desta promessa derramada sob minha
boca
inferno astral
magma
escorrido no meu chakra inferior
nossas constantes
estelares
superiores abertos
ao infinito
do sem nome
você
desta promessa derramada sob minha
boca
inferno astral
magma
escorrido no meu chakra inferior
nossas constantes
estelares
superiores abertos
ao infinito
do sem nome
você
nietzsche
asas
de dragão no peito
o fogo por entr'as pernas
me buscas
me contenho,
você trouxe de novo a minha língua muda
fogueiras de desejo enterrados sob os seios
torna-te quem
tu me és
vendedora de sonhos
mar das chuvas do meu fogo
tu: um mar de curvas estelares
sou e sol
sob teu peito e pescoço
sob tua boca os giros ciganos
todos
veio sussurro
uivando para a lua
dos nossos olhos fechados
soltou como um urro
teamo entr'as minhas coxas
toma-me nesse torna-te
quem me
sou
de dragão no peito
o fogo por entr'as pernas
me buscas
me contenho,
você trouxe de novo a minha língua muda
fogueiras de desejo enterrados sob os seios
torna-te quem
tu me és
vendedora de sonhos
mar das chuvas do meu fogo
tu: um mar de curvas estelares
sou e sol
sob teu peito e pescoço
sob tua boca os giros ciganos
todos
veio sussurro
uivando para a lua
dos nossos olhos fechados
soltou como um urro
teamo entr'as minhas coxas
toma-me nesse torna-te
quem me
sou
para você
nunca soube bem do mar, porque sempre lá dragão-leoa pássaro-fogo, artesã de vento. acupunturada de amor todos os lados. as chamas todas chamadas em fogo. me nascendo na língua xamânicagiros e giras do sol.
te invoco
com as pernas cheias de
labaredas
salto
por cima
por baixo
tu vens
como quem mar
nado
ju
ntas
"você é quente".
[e a frebre dos corpos perdidos de atenas.
deusa-xamã inventada]
a fome do fogo em queimar isso que já me foi
vento
cicatriz de ideias
conceitos
corpo-ordem
seu ou dela
não importa
toma-me, nuvem
eu asa aberta dragonizada
queimante
amante
cruel de suas cinzas
se queima em mim
sobe e desce o meu apagar
a noite
só
derretidas como areia de corpos
carregando um nome na manhã que segue
em que sorrisos existem
te invoco
com as pernas cheias de
labaredas
salto
por cima
por baixo
tu vens
como quem mar
nado
ju
ntas
"você é quente".
[e a frebre dos corpos perdidos de atenas.
deusa-xamã inventada]
a fome do fogo em queimar isso que já me foi
vento
cicatriz de ideias
conceitos
corpo-ordem
seu ou dela
não importa
toma-me, nuvem
eu asa aberta dragonizada
queimante
amante
cruel de suas cinzas
se queima em mim
sobe e desce o meu apagar
a noite
só
derretidas como areia de corpos
carregando um nome na manhã que segue
em que sorrisos existem
quinta-feira, 18 de agosto de 2016
encontros
é de costas
que te vejo
inteira
flor vermelha
derramada
na brancura
do seu nome
giro a dança que te trouxe
agora
minha
que te vejo
inteira
flor vermelha
derramada
na brancura
do seu nome
giro a dança que te trouxe
agora
minha
balada
suave pluma
o seu beijo me traz
pétalas
irrigação de desejo
isso de ir embora
e te encontrar
fleshes azuis
tatuagem de rosa
vermelha
nos ombros
ainda os meus lábios
este pouco pólen
seu
terça-feira, 16 de agosto de 2016
segunda-feira, 15 de agosto de 2016
nada
veio como quem vem com asas
na boca
me entregou voos
sorrisos
mordidas raras de seus leõs deserticos
e me pulsou a fera
ferida antiga de mil e uma posições
diferentes
cama florestal
folhas secas embebidas de nós
veio como quem vem
leoa
maduras asas na boca
e um corpo
eu serpente de asas
por muito tempo
não sabíamos nosso nome animal
e éramos
o que se é quando o amor existe: o escuro claro do sem nome
na boca
me entregou voos
sorrisos
mordidas raras de seus leõs deserticos
e me pulsou a fera
ferida antiga de mil e uma posições
diferentes
cama florestal
folhas secas embebidas de nós
veio como quem vem
leoa
maduras asas na boca
e um corpo
eu serpente de asas
por muito tempo
não sabíamos nosso nome animal
e éramos
o que se é quando o amor existe: o escuro claro do sem nome
alinhamentos
como conter o desejo
escorrendo da gruta
da boca
da bica
as águas difusas em si mesmas
labaredas de inverno
saltando
olhares e suores
boca muda
entreaberto o desejo
o escuro da sala
o cinema das nossas vidas
um abraço como um beijo
de novo
lírica,
silencio sonoro
mudez das almas
essa rosa nas tuas costas
cravada em minha espinha
esse vermelho poente
abstrato
misturoso de mim
sou tua
rasgada
escorrendo da gruta
da boca
da bica
as águas difusas em si mesmas
labaredas de inverno
saltando
olhares e suores
boca muda
entreaberto o desejo
o escuro da sala
o cinema das nossas vidas
um abraço como um beijo
de novo
lírica,
silencio sonoro
mudez das almas
essa rosa nas tuas costas
cravada em minha espinha
esse vermelho poente
abstrato
misturoso de mim
sou tua
rasgada
domingo, 14 de agosto de 2016
sobre o que é escorrer sobre a boca do poema o desejo...
cabe na banheira
teus sonhos
cristais flamencos
eu espanhola de pele
barata
você poema maturado
rasgadora de faces
únicas
procurando no corpo
o que não é de ordem ida
encontrando o sagrado
o que é
volta
amor
poesia
teus sonhos
cristais flamencos
eu espanhola de pele
barata
você poema maturado
rasgadora de faces
únicas
procurando no corpo
o que não é de ordem ida
encontrando o sagrado
o que é
volta
amor
poesia
quinta-feira, 11 de agosto de 2016
chovida
limpar com o fogo
as águas
da vida
cortar isso que não é
recortar o vento
e fazê-lo mil
e mais
um
somos o que vem
e com o fogo disso que é olho
disso que é mãos sobre
a lava da vida
eu te invoco,
poesia
proximidade inventada
do superior
arma encubada
no seio da morte
vivendo de pequenos
nadas
eu te ofereço meu peito em chamas
asas decoradas de espinhos
fogo xamã
queimando invisíveis
deixando apenas
sua vida
sua vinda
disso que é mãos sobre
a lava da vida
eu te invoco,
poesia
proximidade inventada
do superior
arma encubada
no seio da morte
vivendo de pequenos
nadas
eu te ofereço meu peito em chamas
asas decoradas de espinhos
fogo xamã
queimando invisíveis
deixando apenas
sua vida
sua vinda
morte
eu cortaria todos os cortes
de novo
cortados nos mais profundos
sangrante
cortes feitos de versos
idos
versos ventaniosos
livres dele mesmos
jorrantes
para que enfim você viesse
Vida
de novo
cortados nos mais profundos
sangrante
cortes feitos de versos
idos
versos ventaniosos
livres dele mesmos
jorrantes
para que enfim você viesse
Vida
terça-feira, 9 de agosto de 2016
desabamentos
porque o desejo lá
perdido em mim lençóis
a boca perdida nos dias
o sorriso invadindo confidencias amigáveis
foi assim que me escorreu
e sequer me resta
[hoje]
poesia
para te contar quem você veio
perdido em mim lençóis
a boca perdida nos dias
o sorriso invadindo confidencias amigáveis
foi assim que me escorreu
e sequer me resta
[hoje]
poesia
para te contar quem você veio
nada
as cores deitadas
sob meus dedos
isso que não vem mais você
e eu te amo como amei todas as flores
amo como ama quem ama
primaveril
sem amar é que te amo
porque você não está mais na dor
não está mais na procura
nos meus sonhos você não está
mais
e te esqueço numa caneca
numa mensagem de celular
nas taças de vinho você não se encontra mais
agora com ele
com ela
eu toda livre
e eu te amo, juro
só que não te amo
mais
sob meus dedos
isso que não vem mais você
e eu te amo como amei todas as flores
amo como ama quem ama
primaveril
sem amar é que te amo
porque você não está mais na dor
não está mais na procura
nos meus sonhos você não está
mais
e te esqueço numa caneca
numa mensagem de celular
nas taças de vinho você não se encontra mais
agora com ele
com ela
eu toda livre
e eu te amo, juro
só que não te amo
mais
força
porque as mãos
desde muito tempo contando
os carinhos as forças
as flechas as guerras
levantadas armas
passado presente futuro
de novo
porque os dedos
tocando o impossível da face
porque os olhos fechados
recebendo
não há amor
sem ternura
não há força nisso
que não vem
e você veio
desde muito tempo contando
os carinhos as forças
as flechas as guerras
levantadas armas
passado presente futuro
de novo
porque os dedos
tocando o impossível da face
porque os olhos fechados
recebendo
não há amor
sem ternura
não há força nisso
que não vem
e você veio
flores
que bom que
isso que é novo
se rasga
como mil e um girassois
na boca
girando os dedos
da terra
isso que é novo
se rasga
como mil e um girassois
na boca
girando os dedos
da terra
invernal
entre
aberta
a boca do mundo
me come
por baixo
por cima
pelo meio, giro
enquanto me nasce no peito
colibris
de inverno
aberta
a boca do mundo
me come
por baixo
por cima
pelo meio, giro
enquanto me nasce no peito
colibris
de inverno
segunda-feira, 8 de agosto de 2016
desejo
gosto disso que me olha
queimando
vestido rendido sob o corpo do meu
chão
em demora
isso que é ela
que veio ar
fogo
terra
água na minha boca
dona da minha ascendencia aquariana
scorpiã
leoa
libriana
libidinosa
fincada nas garras do meu poema
por baixo
flutuadora de entranhas
surgida
inventada
nova
xamã reencarnada
na roda
nua
cigarro
gosto de trocar fumaças
com teu silêncio de
sorriso
aberto
aberta
cortinas e feixes
disso que se apavora em ser
amor encarnado
amor agora
presença
VIDA
com teu silêncio de
sorriso
aberto
aberta
cortinas e feixes
disso que se apavora em ser
amor encarnado
amor agora
presença
VIDA
domingo, 7 de agosto de 2016
parte I de parte alguma
sonhei que te cavalgava.
e cristais caiam da sua boca.
um riacho perdido nos olhos,
isso de te olhar
e não ver nada.
onde foi que nos perdemos, hamã?
as espadas ainda cortam nosso corpo
isso que não vem
isso de.
onde foi que..
e eu te tocaria mil vezes mais
sem sentir nada
e é também por isso que não te toco o nome
não te chamo
absorvo a candura disso que some
disso que não é mais
nada
antes um pulsar glorioso
a pele do que foi gozo
uns arrepios
olhos molhados de te ver
agora este nada
o escuro claro
que escorre até a última gota
do meu deserto de você
e cristais caiam da sua boca.
um riacho perdido nos olhos,
isso de te olhar
e não ver nada.
onde foi que nos perdemos, hamã?
as espadas ainda cortam nosso corpo
isso que não vem
isso de.
onde foi que..
e eu te tocaria mil vezes mais
sem sentir nada
e é também por isso que não te toco o nome
não te chamo
absorvo a candura disso que some
disso que não é mais
nada
antes um pulsar glorioso
a pele do que foi gozo
uns arrepios
olhos molhados de te ver
agora este nada
o escuro claro
que escorre até a última gota
do meu deserto de você
proteção da vida
sabe quanta pólvora arranquei
da minha garganta
para que enfim você viesse,
Vida?
rasguei o fogo
a vertiginosa camada que duplica a chama
completei os acertos
me sucumbi em erros
para que enfim você viesse
engasguei o pó
salivei
me perdi
e agora que te encontro, vida
altiva. morta. muda.
completando meus nadas
em alegrias
tristes
em tristes alegrias
idas
vindas
pernas abertas
te escolho
passado presente futuro
solidão é tempo Vivo
e não importa se a mão do outro não está sob a minha..
a mão da vida está
suadas me entranho
ela me estranha
mas entra-me
e é só isso que quero
que me queime
esse ir e vir nas costas
unha dos ventos
cravando sexuais girassóis de sorriso
essa vida que restaura o nome a poesia os encontros as lacunas
esta vida que
Vida
da minha garganta
para que enfim você viesse,
Vida?
rasguei o fogo
a vertiginosa camada que duplica a chama
completei os acertos
me sucumbi em erros
para que enfim você viesse
engasguei o pó
salivei
me perdi
e agora que te encontro, vida
altiva. morta. muda.
completando meus nadas
em alegrias
tristes
em tristes alegrias
idas
vindas
pernas abertas
te escolho
passado presente futuro
solidão é tempo Vivo
e não importa se a mão do outro não está sob a minha..
a mão da vida está
suadas me entranho
ela me estranha
mas entra-me
e é só isso que quero
que me queime
esse ir e vir nas costas
unha dos ventos
cravando sexuais girassóis de sorriso
essa vida que restaura o nome a poesia os encontros as lacunas
esta vida que
Vida
[com hilda ] por hilda. para hilda. com amor...
foi em 2010 ou 2011 que li pela primeira vez aquilo que me rasga até hoje: tu não te moves de ti. e foi como um abraço e um rasgo. foi algo como um não sei se perdendo e se prendendo dentro de mim. então que a partir daí o nome Hilda. vasculhei cada centímetro disso que é obra, disso que é túmulo e vida. disso que É. e foi também quando escolhi deixar de lado machado de assis e nossos ídolos, na faculdade. não deixar de estudar, mas deixar de dar atenção àqueles mortos. porque a Hilda desde sempre vivíssima a cada leitura. desde sempre consumindo tudo quanto tinha de mais profano e sagrado como leitora. como crítica. como humana. e a cada novo livro, um despertar. lágrimas. pensamentos. decisões. rupturas. desertos.
então que eu resolvi assumir Hilda. fui até sua casa em 2013, quando a obra ainda não me bastava como agora essa frase que foi me nascendo no decorrer de.
e eu nem percebi como e quando foi que ela mais veio, como ela está sempre vindo. então que por isso no pulso, por isso nessa geografia onde não cabe eu ou ela ou nós, onde cabe mais de 4 e o infinito trazido ao pé dos pés das
vidas..
lá na casa do sol, embaixo da figueira fiz meu pedido. como todo pedido meu, não é nada objetivo. não foi nada fácil sequer saber que o meu desejo sempre esteve. porque o meu desejo É. então que foi isso de desejar que eu desejei. e depois eu encontrei com isso que é desejo. cintilâncias. profanei. curei. descumpri. chorei. rasguei mais. rompi com a ordem.
então rasguei mais de 1000 poemas, agora meus, troquei amores por dor e poesia. fiquei melhor amiga da senhora D, frequentei como nunca vãos de escadas. e nunca quis estar ali ou aqui. eu só sentia e estava.
depois de algum tempo alguns amarelos absurdos no meu peito insistiram-se em girassóis.
então eu só vim agradecer a essa vinda. esta frase. este pensamento profundo percorrendo aos voos, os meus nadas. e eu gostando. eu agradeço e agradeceria na língua dos deuses a essa grande obra que é "tu não te moves de ti" minando cada epifania que tenho toda vez que a leio. tu não te moves de ti. tu não te moves de ti. para onde vão os trens meu pai?...e trilharia o caminho do infinito por um beijo. um beijo que também percorrido de infinito te chegasse. grato. inteiro. como um sopro. como um encontro. como juntas.
então que eu resolvi assumir Hilda. fui até sua casa em 2013, quando a obra ainda não me bastava como agora essa frase que foi me nascendo no decorrer de.
e eu nem percebi como e quando foi que ela mais veio, como ela está sempre vindo. então que por isso no pulso, por isso nessa geografia onde não cabe eu ou ela ou nós, onde cabe mais de 4 e o infinito trazido ao pé dos pés das
vidas..
lá na casa do sol, embaixo da figueira fiz meu pedido. como todo pedido meu, não é nada objetivo. não foi nada fácil sequer saber que o meu desejo sempre esteve. porque o meu desejo É. então que foi isso de desejar que eu desejei. e depois eu encontrei com isso que é desejo. cintilâncias. profanei. curei. descumpri. chorei. rasguei mais. rompi com a ordem.
então rasguei mais de 1000 poemas, agora meus, troquei amores por dor e poesia. fiquei melhor amiga da senhora D, frequentei como nunca vãos de escadas. e nunca quis estar ali ou aqui. eu só sentia e estava.
depois de algum tempo alguns amarelos absurdos no meu peito insistiram-se em girassóis.
então eu só vim agradecer a essa vinda. esta frase. este pensamento profundo percorrendo aos voos, os meus nadas. e eu gostando. eu agradeço e agradeceria na língua dos deuses a essa grande obra que é "tu não te moves de ti" minando cada epifania que tenho toda vez que a leio. tu não te moves de ti. tu não te moves de ti. para onde vão os trens meu pai?...e trilharia o caminho do infinito por um beijo. um beijo que também percorrido de infinito te chegasse. grato. inteiro. como um sopro. como um encontro. como juntas.
[tatuei no meu pulso
a nudez
que é dele
a nudez
que é dele
e me veio
você]
teamo,
você]
teamo,
sábado, 6 de agosto de 2016
simplicidades
gosto de gente que
colhe meu sorriso
mesmo quando não plantado ainda
gente que arranca
gente de nadas
gente que traz
gente que É
gente que encontra
isso que esqueço
quando estou perto da janela
colhe meu sorriso
mesmo quando não plantado ainda
gente que arranca
gente de nadas
gente que traz
gente que É
gente que encontra
isso que esqueço
quando estou perto da janela
sexta-feira, 5 de agosto de 2016
liberdade ou solidão
livre, era o que ela mais queria ser
livre, pra ir e vir e ser o que quiser
quando quiser e se quiser
mas só o tempo só pra descobrir
se a liberdade é só solidão
e só o tempo só pra descobrir
o que é ser
livre, se já não faz sentido
ou nunca fez
livre, pra encontrar motivo outra vez
mais uma vez ou de uma vez
e só o tempo só pra descobrir
se a liberdade é só solidão
e só o tempo só pra descobrir
o que é pra ser
livre, pra rir do que é ruim
então chorar de feliz
livre, não por acaso, acaso não condiz
quando condiz com o que se quis
e só o tempo só pra descobrir
se a liberdade é só solidão
e só o tempo só pra descobrir
o que vai ser
e só o tempo só pra descobrir
se a liberdade é só solidão
e só o tempo só o tempo pra descobrir
o que é viver
[música-poema fantástics, de TIAGO IORC]
livre, pra ir e vir e ser o que quiser
quando quiser e se quiser
mas só o tempo só pra descobrir
se a liberdade é só solidão
e só o tempo só pra descobrir
o que é ser
livre, se já não faz sentido
ou nunca fez
livre, pra encontrar motivo outra vez
mais uma vez ou de uma vez
e só o tempo só pra descobrir
se a liberdade é só solidão
e só o tempo só pra descobrir
o que é pra ser
livre, pra rir do que é ruim
então chorar de feliz
livre, não por acaso, acaso não condiz
quando condiz com o que se quis
e só o tempo só pra descobrir
se a liberdade é só solidão
e só o tempo só pra descobrir
o que vai ser
e só o tempo só pra descobrir
se a liberdade é só solidão
e só o tempo só o tempo pra descobrir
o que é viver
[música-poema fantástics, de TIAGO IORC]
quarta-feira, 3 de agosto de 2016
terça-feira, 2 de agosto de 2016
doçuras
sorriso é o que há de mais tempestuoso num encontro. porque ele gruda na parede fina. emudece. liqu'feita os olhos. emoldura as lacunas. dá até medo.
mas desejo..
estou amando o seu no meu
mas desejo..
estou amando o seu no meu
o eterno quase
tem gente que traz uns espaços pra gente dançar. barriga-palco. língua. costas ar, pra gente movimentar as danças indianas. tem gente que tem uns paços de poços passos nossos e a gente até navega sem saber nadar. porque também o outro sabe isso que a gente nunca saberá quanto nós. tem coisa que só o outro É. eu quanto outra fui.. ventania tempestada alagadora. funda do mais fundo céu que todas as asas podiam alcançar até de encontro outra coisa que não céu. que não seu mais. que não meu você. outra coisa isso de olhos fechados. outro amor. outra matéria. magmáticos. superfáticos. galáticos como primeiros e últimos, sem nunca NADA. e sempre acompanhado disso que é sorriso fincado e ido. disso que é mistério refletido no amor que não foi dado, porque sempre sempre sempre de outro. sempre não encontrado. sempre perdido. porque perder-se é o caminho do amor. e quando encontrado, encontrar outro mais e mais do mesmo que ele foi e que ele é. sendo. sem ar. derramado nele mesmo. nunca mesmo que o alcanço. então jogo o lenço da montanha de nós, nos cubro, nos beijo. nos expulso como um destino-expulsão. porque amor precisa chegar. e ele chega assim sem chegar nunca. caminhando no que a gente arrepia. no que a gente quer. no que a gente profana. no que a gente chora. no que a gente abraça beija de língua e sem. mas com os lábios inteiros e a mordida dele. as unhas lascadas dele. as pernas as coxas compressas do desejo.
amor
o que nunca finda no corpo
nunca encontro
por isso também a gente nesse em si
abraçando agoras
como se abraçando
o que um dia foi quase...
no arrepio profundo
amor
o que nunca finda no corpo
nunca encontro
por isso também a gente nesse em si
abraçando agoras
como se abraçando
o que um dia foi quase...
no arrepio profundo
ele - a cor
te abraço
e como se em mim
você se derramasse em mil linhas
azuis
você se derrama
em mil e uma linhas vermelhas
o chuveiro
as horas
a limpeza
tuas costas
obrigada por ser
o meu mais encantado outro
e despertar meu voos na tua pele
a cor morena
dos vermelhos
que te chamei
e como se em mim
você se derramasse em mil linhas
azuis
você se derrama
em mil e uma linhas vermelhas
o chuveiro
as horas
a limpeza
tuas costas
obrigada por ser
o meu mais encantado outro
e despertar meu voos na tua pele
a cor morena
dos vermelhos
que te chamei
agora
você disse dois
por isso este agora também seu
o todo quanto sou
quanto és em mim
[duas]
[dois]
[UM]
três amores
mãos
pés
olhos
coxas
alma di
vidi
da
porque pode ser
que nunca mais este enlaçado disso que é dois
sendo qutro
esse agora de pra sempre
e pode ser para sempre de nunca mais
paradoxos mirabolizados
na vontade de
ficar
na sua vontade que eu fique
nesta vontade de não se ir embora
disso que agora é
nós
espalhados sobre o transe das ondas azuis
este abraço que teamo
este sorriso que me beijas
pedaços de sons ao meio
nossos olhos pertencidos
tragadores de invisíveis
nós dois
atuações mudas
plainando na dança que não se vê aqui
que só se vê lá onde nos encontramos
hoje
pode ser que também um filho
e pode ser que sejamos nós
filhos
de fé
porque é aqui agora
que você me queima
um sol
na garganta
é aqui agora que o fogo
não é mais vermelho ou azul
é aqui o amarelo
por isso este agora também seu
o todo quanto sou
quanto és em mim
[duas]
[dois]
[UM]
três amores
mãos
pés
olhos
coxas
alma di
vidi
da
porque pode ser
que nunca mais este enlaçado disso que é dois
sendo qutro
esse agora de pra sempre
e pode ser para sempre de nunca mais
paradoxos mirabolizados
na vontade de
ficar
na sua vontade que eu fique
nesta vontade de não se ir embora
disso que agora é
nós
espalhados sobre o transe das ondas azuis
este abraço que teamo
este sorriso que me beijas
pedaços de sons ao meio
nossos olhos pertencidos
tragadores de invisíveis
nós dois
atuações mudas
plainando na dança que não se vê aqui
que só se vê lá onde nos encontramos
hoje
pode ser que também um filho
e pode ser que sejamos nós
filhos
de fé
porque é aqui agora
que você me queima
um sol
na garganta
é aqui agora que o fogo
não é mais vermelho ou azul
é aqui o amarelo
deserto solar
língua
geniosa
que me bate
a língua
me toma
e me arranca
as mais fundas palavras
salivadas
suadas
eu não sei onde elas ficam
mas às vezes tem gente que tem
e me fincam
eu gosto
da língua que corta
eu sangro
e gozo
geniosa
que me bate
a língua
me toma
e me arranca
as mais fundas palavras
salivadas
suadas
eu não sei onde elas ficam
mas às vezes tem gente que tem
e me fincam
eu gosto
da língua que corta
eu sangro
e gozo
segunda-feira, 1 de agosto de 2016
sobre o que se esconde depois do olhar do olho encontro
todos os dias olhava pela janela. os ares escorridos. os pássaros. os movimentos.
jogava a semente dos voos:
migalhas de pão
e assim a vida. toda a sutileza ventaniosa no seu olho direito. ao esquerdo, cabiam-lhe as faltas. o todo infinito curvado na lágrima. o olho esquerdo é o problema diria o ginecologista. se ele soubesse do sexo dos olhos. essas infâmias se abrindo em pernas. pintos e bocetas do mundo gozando lágrimas. se soubesse o quanto dói fazer o amor com o olho esquerdo, talvez sim vivêssemos piscando pra ver se estimula essa parte de não ver. essa partitura de flauta tapando os buracos do mundo em piscadas.
piscar o olho esquerdo é ver ele assim, sucu.l.e.n.t.o como suculentas marginais de novembro. é como entrar nas costas disso que é nada, ver o todo. abraçar o todo qu o todo é, como o nada todo que ele é. e não caber.
de não caber é e'feito o olho esquerdo.
pássaro nenhum voa.
luz nenhuma luna.
aberta
a gota da vida
última
inteira
próxima de ser enfim
a sua
primeira
languida
como os pássaros que pensam
voo
exposta a partícula
que nos liga ao infinito: dor transmutada em sorriso
direito
com uma flor amarela no sorriso
do olho direito
deformidades do agora
que você não entra
mais
porque não entro.
ele se conta
olhar. fundo. inteiro
um quanto dois
sumindo enquanto eu o
conto...
jogava a semente dos voos:
migalhas de pão
e assim a vida. toda a sutileza ventaniosa no seu olho direito. ao esquerdo, cabiam-lhe as faltas. o todo infinito curvado na lágrima. o olho esquerdo é o problema diria o ginecologista. se ele soubesse do sexo dos olhos. essas infâmias se abrindo em pernas. pintos e bocetas do mundo gozando lágrimas. se soubesse o quanto dói fazer o amor com o olho esquerdo, talvez sim vivêssemos piscando pra ver se estimula essa parte de não ver. essa partitura de flauta tapando os buracos do mundo em piscadas.
piscar o olho esquerdo é ver ele assim, sucu.l.e.n.t.o como suculentas marginais de novembro. é como entrar nas costas disso que é nada, ver o todo. abraçar o todo qu o todo é, como o nada todo que ele é. e não caber.
de não caber é e'feito o olho esquerdo.
pássaro nenhum voa.
luz nenhuma luna.
aberta
a gota da vida
última
inteira
próxima de ser enfim
a sua
primeira
languida
como os pássaros que pensam
voo
exposta a partícula
que nos liga ao infinito: dor transmutada em sorriso
direito
com uma flor amarela no sorriso
do olho direito
deformidades do agora
que você não entra
mais
porque não entro.
ele se conta
olhar. fundo. inteiro
um quanto dois
sumindo enquanto eu o
conto...
contato íntimo
é amor que você quer?
é amor que você é
é dança que você sente?
é esse infinito que você é
é de viver que você precisa?
você está vivo
é amor que você é
é dança que você sente?
é esse infinito que você é
é de viver que você precisa?
você está vivo
respiração
as luzes da cidade
os passos
os sorrisos ao telefone
as maos sobre o bolso
os dedos sobre o celular
os olhos puxando
sugando
esta energia que
está
no amor
que está no ar
os passos
os sorrisos ao telefone
as maos sobre o bolso
os dedos sobre o celular
os olhos puxando
sugando
esta energia que
está
no amor
que está no ar
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