terça-feira, 31 de janeiro de 2017

chove no meu quarto_

chove no meu quarto..
é meia-noite

sinto um bailado
de vento sob meus lábios entreabertos

[es el cielo de mi,
este poema]

vejo as memórias balançando no varal
secura de sueños
metricamente esticados
sobre el tiempo
o meu contratempo

y me perguntas: cual es
el tiempo ahora de cair retilínea sobre tua boca calada?

te convido
destinada,

giro
y tu me giravas como quem sente as minhas danças

de olhos fechados,
nossas mãos se esticam sob o varal
[del cuerpo.. siempre de mi cuerpo,
tus manos de esmalte gasto]

 de olhos fechados
tenho entre as unhas
 gotas do teu suor

a fantasia faz morada
onde você não está

sendo nada,
[desejo de ser chuva
este nada]

por uma vez más
derramada em mim sua poesia
eu me debruço
sob teus nadas

te nomeio cálida carícia
de mis oscuros

como calidas escorre-me
a saliva

vulcânicas,
esperando passagem

Nenhum comentário:

Postar um comentário