mergulhei
no gelado gostoso da tua língua
vi o que é eterno,
secar
melancolias..
as vezes é pouco o contato
com o rio para se
afogar
às vezes o rio é boca
é gente
y às vezes também é outro
nunca se sabe onde vivem
afogamentos
terça-feira, 24 de outubro de 2017
domingo, 22 de outubro de 2017
ME
plantou com a língua
três giros,
delicado traço de girassol
embebido de clitória
semeadura de espera espumosa
semente maturada de infâncias
c'oas mãos cheias de infancia
me plantou um sorriso
dedos lambidos de alma
verso escuro de terra
palavradura de ar y alquimias
me plantou
: o desejo..
plantou y me deixou na janela,
aquário de asas
para brotar como quem
ama
onde borbulhante o amor nasce
y nem se vê quem
onde ela..
plantou y também voltava
que era pra ver se o que nasce da língua
germina
agora essa clitória-
girassol rasgando o peito da terra
nos
anunciando
possíveis
quarta-feira, 18 de outubro de 2017
memória futura
quando eu era pequena,
não acreditava em rio
não acreditava em rio
nunca tinha visto um rio,
isso que corre suave
liquidez de cauda escura
superfície de som que nasce das bordas
isso que corre suave
liquidez de cauda escura
superfície de som que nasce das bordas
mas eu acreditava em subterrâneo
sempre fui boa em nomear segredos
sempre fui boa em nomear segredos
desde pequena
sempre acreditei
naquele que vem depois do que veio
sempre acreditei
naquele que vem depois do que veio
foi então que comecei com um sentimento de Fé
e a Fé brinca,
nunca esconde
ela chega como um vale de borboletas se formando
em infinitas cores
nunca esconde
ela chega como um vale de borboletas se formando
em infinitas cores
então eu levo a sério tudo o que me acontece depois da Fé,
como o seu sorriso
ou o corte impreciso dos teus lábios
como o seu sorriso
ou o corte impreciso dos teus lábios
porque tua boca eu nomeei
rio
rio
y seria bobo não revelar que eu já estava molhada de você,
antes de você chegar
só que agora você veio
antes de você chegar
só que agora você veio
por isso eu quero te viver em quandos
porque mesmo que eu tenha crescido
y não saiba ainda o que é rio
y não saiba ainda o que é rio
hoje eu acredito nele
em você
em você
y é irreversível
o que vem depois da Fé
o que vem depois da Fé
segunda-feira, 16 de outubro de 2017
decantação poética
se falo do seu beijo
é porque ainda me foge
uma pétala
vadia
presa ao paladar gostoso
do poema
delicada pétala
desprendida
de cor rósea
morrendo seus vermelhos
falo de uma opaca memória
do que foi desejo
a tua língua
emaranhada sobre a minha
pétalas brancas que escrevo
poemas como em páginas
y se falo do seu beijo
é porque ele
planta a tua ausência
sob a métrica escura
da tua presença
então te envolvo
na fome dos meus braços de procura
toco a maravilha
que é este saboroso nada
[inteira]
a sua vinda..
toco como quem contempla
ir embora
sem te levar
y
nada
é porque ainda me foge
uma pétala
vadia
presa ao paladar gostoso
do poema
delicada pétala
desprendida
de cor rósea
morrendo seus vermelhos
falo de uma opaca memória
do que foi desejo
a tua língua
emaranhada sobre a minha
pétalas brancas que escrevo
poemas como em páginas
y se falo do seu beijo
é porque ele
planta a tua ausência
sob a métrica escura
da tua presença
então te envolvo
na fome dos meus braços de procura
toco a maravilha
que é este saboroso nada
[inteira]
a sua vinda..
toco como quem contempla
ir embora
sem te levar
y
nada
sem bagagem
sinto um tremor
os teus olhos
como trilhos de trens
me acenam
beijo tua boca
como se chegasse a algum lugar
entro
y há algum gosto de sorriso
enquanto te beijo
subo y desço
para saber o que é
isso que
onde estou
um arrepio
gostoso gesto
desesperada espera
isso de não te saber
mas querer
continuar
beijando
sinto um tremor,
enquanto o trem treme
as horas voam
eu teus
trilho
os teus olhos
como trilhos de trens
me acenam
beijo tua boca
como se chegasse a algum lugar
entro
y há algum gosto de sorriso
enquanto te beijo
subo y desço
para saber o que é
isso que
onde estou
um arrepio
gostoso gesto
desesperada espera
isso de não te saber
mas querer
continuar
beijando
sinto um tremor,
enquanto o trem treme
as horas voam
eu teus
trilho
quarta-feira, 11 de outubro de 2017
..
estive pensando o tempo que se pode ficar em volta de um cadáver. alguns pensamentos são como mortos, voltam para nos assombrar em nossa mínima existência. são pensamento que jamais teríamos se fôssemos outro. y que talvez só pudesse esse agora abraçar sua completude.
há um momento exato de estar sendo algo extraordinário de nós mesmos, que geralmente não percebemos. y fico me perguntando onde foi ou como foi, ou quando foi que perdemos o nosso maravilhamento.
estive pensando. tantas mortes na pele. no não abraço, no não dito. no não! tenho pavor de nãos. ao mesmo tempo que tenho pavor me coloco diante dele com o que ele é: não. então ficou difícil raciocinar algo minimamente sincero. foi então que tive contato com outra parte da história do pensamento: os sentidos. senti um cheiro de chumbo, eu que nem sei se chumbo tem cheiro forte, ácido ou..
como que empoderando-se de si mesmo, feminino ou sorrateiro, de vulcânico! estendi meus olhos com um sentir que sequer parecia meu: era um portal de vento.. corrente onde se pode tudo, inclusive nada. aí fiquei olhando, descansando o olhar sobre o não. os nadas dos nãos.
aí eu voltei um pouco, procurei uma palavra que se parecia com desejo. olhei para a palavra desejo y tentei entender o não desejo.
esse é o tempo de contemplar mortos: o seu contrário. foi então que me percebi cheia de vida. seguindo sorrisos, seguindo almas com corpos y danças. foi então que dei ao tempo o nome de contrário. só que quando o tempo vem com morte no meio [y o mais incrível é que ele sempre vem..] ele parece eterno.
há um momento exato de estar sendo algo extraordinário de nós mesmos, que geralmente não percebemos. y fico me perguntando onde foi ou como foi, ou quando foi que perdemos o nosso maravilhamento.
estive pensando. tantas mortes na pele. no não abraço, no não dito. no não! tenho pavor de nãos. ao mesmo tempo que tenho pavor me coloco diante dele com o que ele é: não. então ficou difícil raciocinar algo minimamente sincero. foi então que tive contato com outra parte da história do pensamento: os sentidos. senti um cheiro de chumbo, eu que nem sei se chumbo tem cheiro forte, ácido ou..
como que empoderando-se de si mesmo, feminino ou sorrateiro, de vulcânico! estendi meus olhos com um sentir que sequer parecia meu: era um portal de vento.. corrente onde se pode tudo, inclusive nada. aí fiquei olhando, descansando o olhar sobre o não. os nadas dos nãos.
aí eu voltei um pouco, procurei uma palavra que se parecia com desejo. olhei para a palavra desejo y tentei entender o não desejo.
esse é o tempo de contemplar mortos: o seu contrário. foi então que me percebi cheia de vida. seguindo sorrisos, seguindo almas com corpos y danças. foi então que dei ao tempo o nome de contrário. só que quando o tempo vem com morte no meio [y o mais incrível é que ele sempre vem..] ele parece eterno.
segunda-feira, 9 de outubro de 2017
dois
se são claros os dias,
teu sorriso
o sol
as estações
se sãos claras as memórias,
é porque já percorreste-me
as raízes
os trilhos onde se aterram
minhas tempestades
se são claras as janelas,
é porque não sei
não sabemos
y sorrimos
em algum lugar
há o verso
bruto y delicado sobre essas luzes
verso e
feito
da mesma linha tênue
de onde nasce
a escuridão
sexta-feira, 6 de outubro de 2017
do olhar
quando borboletas voam
do estômago
p'ros olhos..
os
cílios todos se fundem
a
íris, como em asa,
infla o verso
de olhar
e vê: é primavera do meu olhar
y o vento dança
é um tempo de eterno,
este de
Fé
do estômago
p'ros olhos..
os
cílios todos se fundem
a
íris, como em asa,
infla o verso
de olhar
e vê: é primavera do meu olhar
y o vento dança
é um tempo de eterno,
este de
Fé
quinta-feira, 5 de outubro de 2017
eternidade
se eu tivesse uma imagem com a tua fome
ela teria hibiscos vivos dançando sob a xícara de chá
y as cores todas se verteriam
em vermelhos
porque se eu tivesse uma imagem
com a tua fome,
ao olhar assim p'ra ela
teria eu de ser apenas sangue
y transpassar, coagulante
a tua voz líquida
porque se alguma imagem
se verter em tua fome
ela seria a plenitude
cortante de cada verso
o espaço vazio das pétalas vadias
a cutícula arrancada
em cada unha
o batom vermelho triturado na boca infeliz
o sabão grátis do motel que depois lava a mão pesada
a roda do carro estragada de estradas esburacadas sem significados
o espaço onde os passos sem pés y sem asas
cotidiano de pombas
ou a imagem de gira
porque se a imagem se vestisse da sua fome,
ela não existiria
de tão eterna
ela teria hibiscos vivos dançando sob a xícara de chá
y as cores todas se verteriam
em vermelhos
porque se eu tivesse uma imagem
com a tua fome,
ao olhar assim p'ra ela
teria eu de ser apenas sangue
y transpassar, coagulante
a tua voz líquida
porque se alguma imagem
se verter em tua fome
ela seria a plenitude
cortante de cada verso
o espaço vazio das pétalas vadias
a cutícula arrancada
em cada unha
o batom vermelho triturado na boca infeliz
o sabão grátis do motel que depois lava a mão pesada
a roda do carro estragada de estradas esburacadas sem significados
o espaço onde os passos sem pés y sem asas
cotidiano de pombas
ou a imagem de gira
porque se a imagem se vestisse da sua fome,
ela não existiria
de tão eterna
clitoria I
tem a pele de nuvem seca
recem nascida
descuida y bruta
como o vento queimado de sol
asas de serpente
tem um buraco feito de pau
sem fome
na frente
o buraco
relicário de versos:
líquido quente
furacão
língua cadente
dedos de mãos
um buraco feito mar,
que não enche
dizem que se olhar o buraco de perto
como quem olha por uma fechadura
ele dá
no outro lado
outro lado do que é nada
y faz rezar
recem nascida
descuida y bruta
como o vento queimado de sol
asas de serpente
tem um buraco feito de pau
sem fome
na frente
o buraco
relicário de versos:
líquido quente
furacão
língua cadente
dedos de mãos
um buraco feito mar,
que não enche
dizem que se olhar o buraco de perto
como quem olha por uma fechadura
ele dá
no outro lado
outro lado do que é nada
y faz rezar
dos invisíveis
ligadura de sonhos
essas linhas invisíveis que o universo traz
magias
ou orações que eu nunca fiz
mas que...
eu não te chamei
não pedi
não pensei em você
você veio
y não sei o que é isso
de Fé
quando você vem
eu tenho medo do que não peço..
porque também você pode ir embora
caso eu não peça
de novo nesses versos
em que te sonhei,
que fique..
nos sonhos
nos versos
onde eu te encontre assim
sem querer num sonho de sol
onde eu te encontre assim
Você
sem mim..
essas linhas invisíveis que o universo traz
magias
ou orações que eu nunca fiz
mas que...
eu não te chamei
não pedi
não pensei em você
você veio
y não sei o que é isso
de Fé
quando você vem
eu tenho medo do que não peço..
porque também você pode ir embora
caso eu não peça
de novo nesses versos
em que te sonhei,
que fique..
nos sonhos
nos versos
onde eu te encontre assim
sem querer num sonho de sol
onde eu te encontre assim
Você
sem mim..
por acaso
agora o teu piano
afundado
em meus lábios
ouço..
som de fim de noite
ainda preso entre arraias, estrelas
tubarões
y cavalos marinhos
ruído Longe
fechado
como antes o som dos teus lábios
agora esse azul na boca
y algumas serpentes
do mar
que se entranhavam entre as teclas
do teu
piano
piano que talvez invento
porque não consigo inventar você
Deusa ou Lilith
xamã
imagem do teu fogo
de mulher
passeio meus dedos
sob as teclas
ouço ainda o teu nome..
plumagem de versos em cadencia de flor
marinha nos espaços entr'as teclas
y teu piano agora parece dentes
rangendo sobre a minha memória de gente
lembro o teu poema
em que voo,
reptilinea
sob teu poema
todo som é nu
anêmonas y fomes
adornam nossos desejos
abro a boca
como quem abre os dedos ao nada
para nadar seu próprio afogamento
abro pra ti
o meu futuro de mar
y ele tem a sua fome
ouço,
três teclas profundamente desafinadas
assombram a boca do mar
entre carpas,
elas tocam: eu' t' amo'
som de
escala de dois universos
transparentes
ainda que só se encontrem em sonhos
dois invisíveis,
a ouvir rouquidões líquidas
de teamo
enquanto esquecem a voz
humana que também a tecla um dia já
teve..
afundado
em meus lábios
ouço..
som de fim de noite
ainda preso entre arraias, estrelas
tubarões
y cavalos marinhos
ruído Longe
fechado
como antes o som dos teus lábios
agora esse azul na boca
y algumas serpentes
do mar
que se entranhavam entre as teclas
do teu
piano
piano que talvez invento
porque não consigo inventar você
Deusa ou Lilith
xamã
imagem do teu fogo
de mulher
passeio meus dedos
sob as teclas
ouço ainda o teu nome..
plumagem de versos em cadencia de flor
marinha nos espaços entr'as teclas
y teu piano agora parece dentes
rangendo sobre a minha memória de gente
lembro o teu poema
em que voo,
reptilinea
sob teu poema
todo som é nu
anêmonas y fomes
adornam nossos desejos
abro a boca
como quem abre os dedos ao nada
para nadar seu próprio afogamento
abro pra ti
o meu futuro de mar
y ele tem a sua fome
ouço,
três teclas profundamente desafinadas
assombram a boca do mar
entre carpas,
elas tocam: eu' t' amo'
som de
escala de dois universos
transparentes
ainda que só se encontrem em sonhos
dois invisíveis,
a ouvir rouquidões líquidas
de teamo
enquanto esquecem a voz
humana que também a tecla um dia já
teve..
segunda-feira, 2 de outubro de 2017
abuso poético
era uma caneta-
lâmina fina
afiada em versos
que não escreve mais
porque lhe cortaram
a poesia
era só uma caneta
que ainda hoje
as abelhas rainhas morrem
sem história
lâmina fina
afiada em versos
que não escreve mais
porque lhe cortaram
a poesia
era só uma caneta
que ainda hoje
as abelhas rainhas morrem
sem história
domingo, 1 de outubro de 2017
aos amantes, a janela
debruçada sobre a janela
busco qual a estrada que mais trouxe você
aquele
ou outro
para as pedras em que me escondo
sinto gosto de luz branca se aproximando
na escureza das pedreiras inexatas
que rolam aqui perto
enquanto chegava ele
ela
ainda
lembro a primeira vez do teu rosto
aquele ou outro
a mesma face de lamparina que eu toquei num sonho na noite de tango
marítimo
antes da tua vinda
sonho que não tive,
mas pressinto
lembro do quando:
na mesma noite pude ver o arco-íris de artifício
da fresta das tuas pernas
você aquele outro y sempre
me saltou obstáculos
plantados de outras vidas
resistentes a dentes
y unhas
minha janela tinha uma única flor
y algumas ausências
janela-gruta
escura como as esquinas de dentro
que dão nas minhas pernas
até que me iluminassem presenças
você chegou, como aquela
ou ele
pingando estradas
disse que precisava chegar logo
y me fiz algum lugar
secreto ou sujo
de dois lados
dentro-fora
janela-casa
então chegavam todos
como quem estivesse pronto para adentrar
num incêndio
por isso a lamparina, a festa no meio das pernas
todos tinham festas no meio das pernas
todas
incendiosas que eram
incendiosos
então eu fiquei na janela
com esse sabor de eterno
com a lampada acesa de alguém que vem
queimando o escuro do que meus olhos não alcançam
de olhar
porque quando você veio,
aquele ou outra
tudo o mais se tornou passado
as horas, Ela, os poemas não escritos
ele
parada, à janela
sinto o vento y ele faz curva com outro vento,
talvez a mesma curva que te trouxe
fico pensando,
um verso aberto
feito janela onde se pode ver pela manhã
a xícara cheia de promessa
a taça de vinho sagrado na mesa numa noite de lua
ou cheia
corpo nu saindo do banho
boca vermelha entreaberta
ou comendo pipoca
quando você chegou
era ele
que era ela
passos alados ao nome Destino
de plano voo
ou Fé
curva
sem tempo, sem nome
inteireza de promessa
aberto como aberto era também
o meu que não é meu
nome
busco qual a estrada que mais trouxe você
aquele
ou outro
para as pedras em que me escondo
sinto gosto de luz branca se aproximando
na escureza das pedreiras inexatas
que rolam aqui perto
enquanto chegava ele
ela
ainda
lembro a primeira vez do teu rosto
aquele ou outro
a mesma face de lamparina que eu toquei num sonho na noite de tango
marítimo
antes da tua vinda
sonho que não tive,
mas pressinto
lembro do quando:
na mesma noite pude ver o arco-íris de artifício
da fresta das tuas pernas
você aquele outro y sempre
me saltou obstáculos
plantados de outras vidas
resistentes a dentes
y unhas
minha janela tinha uma única flor
y algumas ausências
janela-gruta
escura como as esquinas de dentro
que dão nas minhas pernas
até que me iluminassem presenças
você chegou, como aquela
ou ele
pingando estradas
disse que precisava chegar logo
y me fiz algum lugar
secreto ou sujo
de dois lados
dentro-fora
janela-casa
então chegavam todos
como quem estivesse pronto para adentrar
num incêndio
por isso a lamparina, a festa no meio das pernas
todos tinham festas no meio das pernas
todas
incendiosas que eram
incendiosos
então eu fiquei na janela
com esse sabor de eterno
com a lampada acesa de alguém que vem
queimando o escuro do que meus olhos não alcançam
de olhar
porque quando você veio,
aquele ou outra
tudo o mais se tornou passado
as horas, Ela, os poemas não escritos
ele
parada, à janela
sinto o vento y ele faz curva com outro vento,
talvez a mesma curva que te trouxe
fico pensando,
um verso aberto
feito janela onde se pode ver pela manhã
a xícara cheia de promessa
a taça de vinho sagrado na mesa numa noite de lua
ou cheia
corpo nu saindo do banho
boca vermelha entreaberta
ou comendo pipoca
quando você chegou
era ele
que era ela
passos alados ao nome Destino
de plano voo
ou Fé
curva
sem tempo, sem nome
inteireza de promessa
aberto como aberto era também
o meu que não é meu
nome
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