terça-feira, 11 de julho de 2017

poema II.2

com os dedos flambados
fez dois giros inteiros
antes de entrar

enlouquecidamente
tremi

até ontem,
6 gaiolas de aquário 
abertas
esperam a nossa volta

eu continuava fora
a queimar
vida
com ele entrando y saindo
como quisesse
era como eu queria

enquanto ele queimava as minhas barbatanas
no Agora
três dedos afogados na argola
das minhas ventanas

ardências,

eu disse uau
ele se derrubou sobre mim

dormimos assim,
todo o peso do corpo de uma asa em mim

nunca acordei tão leve
para dizer tchau
sem pra sempre
ou nunca mais

enquanto ele arrumava o cinto
pra voltar pra casa

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