se desfez no meu corpo
uns escuros
...poema problematizado
tu, jardineiro de flores mortas
uns escuros
...poema problematizado
tu, jardineiro de flores mortas
é sua esta corrente elétrica
de escurezas?
raio polarizado nos vulcões do ser
morada d'um céu
roxo
machucado
...chovedura
de invernos
geleiras pontiagudas saltitantes de céu estrelado
nascedura em ocos
de escurezas?
raio polarizado nos vulcões do ser
morada d'um céu
roxo
machucado
...chovedura
de invernos
geleiras pontiagudas saltitantes de céu estrelado
nascedura em ocos
deságua no meu corpo
essa tua ideia
monogamias ilustradas de sorrisos a dois
passeia [só você] sobre o meu ventre
cintilante
que te mostro uma passagem que eu vejo do futuro:
portal onde em mim está o seu nome
essa tua ideia
monogamias ilustradas de sorrisos a dois
passeia [só você] sobre o meu ventre
cintilante
que te mostro uma passagem que eu vejo do futuro:
portal onde em mim está o seu nome
acrobática,
eu entro
sento
chamo [em chamas]
y anuncio o buraco onde você mora
eu entro
sento
chamo [em chamas]
y anuncio o buraco onde você mora
escuroso, você entra
não senta
atende meu chamado [in ardências]
y vai embora
não senta
atende meu chamado [in ardências]
y vai embora
de silêncio em silêncio
a vida anuncia passagem
a vida anuncia passagem
é seu este escuro que carrego nas costas?
você sabe o que é passagem?
você foi embora
você foi embora
agora chovo pra dentro,
correntes elétricas
solitárias sob a cama
correntes elétricas
solitárias sob a cama
meus poemas estavam em coma
até você fazer de novo
isso de prender o meu nome ao seu
estes escuros, essas geleiras,
até você fazer de novo
isso de prender o meu nome ao seu
estes escuros, essas geleiras,
parto
agora meus poemas voltam a si
brancura de um tempo de Fé,
brancura de um tempo de Fé,
que você se foda,
ou não
tanto faz
ou não
tanto faz
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