segunda-feira, 10 de julho de 2017

poema 8

como pode uma escorpiã na garganta
perfurando o nervo das palavras?

mastigo esse silêncio
que te envenena por dentro

meto a língua no seu em si de me picar
ardo
 y vou embora

como pode uma scorpiã
na garganta do medo?

são tuas essas palavras
escondidas no silêncio?

é por isso que me olhas com fome?

como pode uma scorpiã?

y se houvessem palavras,
quais seriam os silêncios
scor'pianicos?

eu escolho ao som
de jazz 

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