vieste me encontrar
onde o fio da vida é porto
dum logradouro de abandonos
todas casas desertas
o canto das paredes habitado de loucuras
amor ou outro rondando o amor que é
amar
y porque vieste de novo onde me acenou
um dia
os versos do teu nome se..me escapam
só através do espelho
enlouqueço essa voz que sussurra o espelhar maldito do teu nome
não tem nada mais, lá
entre as janelas
além daqueles eternos invisíveis
bendito seja também o teu nome maldito
voltei onde me acenas
porque nunca fui
y num que fui pássaro - dessas noites em que não se sabe [nadar]
desses dias em que não se sabe
nada
nada
y se voa de Fé
num então de de.novo,
porque vieste tropeçoso entre meus pedregulhos
y ainda assim insistente
me indicou o corrimão
da aurora dos silêncios
acenosa, à margem em que volto
ou vou [não sei]
eu te ofereço parte
do que em mim é margem
em que me esqueço
eu te ofereço
minha partida mais chegada
eu te ofereço uma altura que não sei
de fé
vieste
[com amor, para walmir ayala]
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