domingo, 18 de junho de 2017

madrugada I

há um tempo em que
os lábios secam
sob rachaduras de solidão

um tempo onde sorrimos
para espantar o medo de cair de novo
sob o abismo de si mesmo

um tempo de janelas triangulares
a contrair pontas

geometrias da ausência

então há o tempo do amigo,
aquele que chega no tempo de um café feito na hora
que chama teu nome Andreza
alto,

y te puxa

abismo é o nome
em que não sou

é o nome
em que me prendo

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