esse amor
começa no sul do teu riso
onde eu fico branca
neve
sem norte
quinta-feira, 29 de junho de 2017
terça-feira, 27 de junho de 2017
bioessência
o mundo é líquido
metal pesado
escorrendo
vulcânico sob nossas ideias
a ideia é só ideia
o amor mora fora
da ordem
y é chumbo
em ventania
quem diz VEM
sem também dizer SIM?
é um perfume
cuja essência desconhecida incorpora
toda a luz que não é verde vermelho ou amarelo
dos vaga-lumes
metal pesado
escorrendo
vulcânico sob nossas ideias
a ideia é só ideia
o amor mora fora
da ordem
y é chumbo
em ventania
quem diz VEM
sem também dizer SIM?
é um perfume
cuja essência desconhecida incorpora
toda a luz que não é verde vermelho ou amarelo
dos vaga-lumes
dos infinitos [bobagem]
o mais belo da vida
é ainda poder olhar o amor
y sorrir
com ele
[também faz cócegas o amor]
o resto parece
bagagem
carta a I
I,
toda dor é urgente. unge o nosso passado presente y futuro. pousa sob o ventre de tudo o que nasce do verbo. pousa sob a fala, sangra. a porra da dor não fala nada, ela só fica lá contando os passos enquanto as gotas secam no nosso corpo, corpus diante da dor, as gotas são só faíscas lembrando que estamos a queimar vida.
também toda dor é passagem, é abandono, é asfalto, é caminho, estação, mendigo pedindo visitação. a diferença é que depois pode-se construir muros gigantes aos quais só a gente entra depois.
mas hoje eu resolvi falar. resolvi falar que joguei teu nome no infinito y mandei você embora. bati com força os muros daquela avenida entre meus estados. mandei você se foder. mas se foder gostoso.
não sei o que você pode entender com isso, mas espero que você entenda bem o que é isso pra você.
choveu y eu não trouxe guarda-chuva de você. choveu y eu aceito essa dança a qual você foi embora não de mim, mas de você, mais uma vez, como todas essas dores que a gente não aguenta com um outro a nos olhar, com um outro.
me livrei de ser seu Outro. cuspi na vitamina elétrica dos teus olhos verdes, y verdes são os caminhos das ervas que plantei nas tuas costas com as minhas unhas. eu li teu poema. uma última vez para lembrar que há janelas em todos os muros que a gente constrói y espero que você não pule sem antes saber das tuas asas. eu te falei na cama, no chuveiro, no sofá, na cozinha, no café, no vermelho do vinho, eu te falei puta santa bêbada, eu te falei de muitas formas que eu te amava. eu rasguei também todos os meus poemas y queimei antes de você chegar. eu mandei lavar as roupas dos meus poemas para que só entrasse essa nudez que era a sua chegada. 14 dias é o tempo da sua nudez. agora essa nudez sem você, fazendo a dor urgente sangrar vermelhos em rituais. agora um guardião segurando a porra do seu nome y me mandando agir. agora essa porra de mensagem que você não manda, essa merda de sorriso que eu grudei no meu y que carrego dos dias que a sua deusa era eu, não essa porra de consciência desajuízada, presa à carne do que você nunca me viu. agora essa borda onde nos desencontramos sem ao menos nos encontrar.. o vermelho levado por rodas surrealistas, onde eu senti a sua morte.
eu queria dizer que foi a mim que você matou quando foi embora, mas hoje eu recebi um e-mail que não era seu mas falava de você. y ninguém nunca soube que eu te amava como te amo [ainda].. mas o universo sabe porque veio até mim essa verdade. eu chorei. quero que saiba que chorei, y continuo desejando que você se foda. é urgente a dor, I. é muito urgente. fique vivo. eu sei porque precisei ir. embora não quisesse ainda. y não foi você quem me expulsou. não foi você.
eu recebi um e-mail [ainda bem que não é seu]. ninguém sabe. você está vivo. agora eu sei!
de passagem,
P. Andreza
transmutação
eu te escreveria poemas
se eu te amasse
mas agora só esse desejo
de amassar o teu nome
y jogar na fogueira
y pedir que você me queime
se eu te amasse
mas agora só esse desejo
de amassar o teu nome
y jogar na fogueira
y pedir que você me queime
él
y porque cuspiu
nos meus olhos
comeu
duro
os meus sorrisos
bloqueou o meu nome
no seu
eu te odeio
com todo o meu amor
nos meus olhos
comeu
duro
os meus sorrisos
bloqueou o meu nome
no seu
eu te odeio
com todo o meu amor
quinta-feira, 22 de junho de 2017
estrangeiro
poema bate a porta
pede pra entrar
abro a janela
ele entra mesmo assim,
descansa tuas asas
passo um café
esfarelo alguns beijos
y ele bica
poema tem medo de amor
y sempre quanso quase
ele vai embora,
só que pela porta
eu agradeço mais um dia de fé
mas não espero
sua volta,
mesmo ele voltando
o poema sabe
a minha poesia
só não sei porque volta
pede pra entrar
abro a janela
ele entra mesmo assim,
descansa tuas asas
passo um café
esfarelo alguns beijos
y ele bica
poema tem medo de amor
y sempre quanso quase
ele vai embora,
só que pela porta
eu agradeço mais um dia de fé
mas não espero
sua volta,
mesmo ele voltando
o poema sabe
a minha poesia
só não sei porque volta
incendio surrealista
então eu desabo o vinho
tinto
sobre a mesa
mergulho geometricas folhas de nós
principalmente meus desejos em branco em que falei de amor
sob vermelhos
y uns mares de azul (salgado) de você
anzol
trapezistas
janelas abertas de frutos do mar
você: esse furto de mar
espero que dissolva
as palavras em borrados
de nadas
espero que nasçam muitas cores
[não vou ficar aqui na superfície para ver]
mergulho!
quadro exposto de imagem
cubista
onde se pode deixar
uma bela história emoldurada
y ir embora
triangular,
só minhas pontas doem agora,
congelo infinita
sob o cosmos
sem esperar secar..
nota: esse quadro nasceu de um incendio! ou esse incendio nasceu de um quadro
mudo
tinto
sobre a mesa
mergulho geometricas folhas de nós
principalmente meus desejos em branco em que falei de amor
sob vermelhos
y uns mares de azul (salgado) de você
anzol
trapezistas
janelas abertas de frutos do mar
você: esse furto de mar
espero que dissolva
as palavras em borrados
de nadas
espero que nasçam muitas cores
[não vou ficar aqui na superfície para ver]
mergulho!
quadro exposto de imagem
cubista
onde se pode deixar
uma bela história emoldurada
y ir embora
triangular,
só minhas pontas doem agora,
congelo infinita
sob o cosmos
sem esperar secar..
nota: esse quadro nasceu de um incendio! ou esse incendio nasceu de um quadro
mudo
temporal de inverno
porque todas as vezes que falei teamo
na verdade não sei o que é
não se pode amar y continuar escrevendo
pensamentos
quando escrevo, não é no amor que estou
é na ideia
y escrevo teamo
porque estou te chamando
para o que em mim é amar
em você,
surrealismos
dobras no nariz
sons metálicos
poesia
um ventre desenhadas serpentes
y um dragão cuspindo fogo dos olhos
essa tempestade que só se me anuncia
essas gotas que enchem a boca
do meu desejo de amar
essa alma sensível ao outro
essa alma sensível a si
eu nunca soube o amor
y sinto que posso ser
com você
depois desse temporal de inverno
do desejo
na verdade não sei o que é
não se pode amar y continuar escrevendo
pensamentos
quando escrevo, não é no amor que estou
é na ideia
y escrevo teamo
porque estou te chamando
para o que em mim é amar
em você,
surrealismos
dobras no nariz
sons metálicos
poesia
um ventre desenhadas serpentes
y um dragão cuspindo fogo dos olhos
essa tempestade que só se me anuncia
essas gotas que enchem a boca
do meu desejo de amar
essa alma sensível ao outro
essa alma sensível a si
eu nunca soube o amor
y sinto que posso ser
com você
depois desse temporal de inverno
do desejo
noite longa
inverno,
primeiro despertar
desta noite longa.
trocou voos com o desejo, passarinha?
chamou-o de aberto
daí fechou os olhos
y abriu as asas pra dentro:
sem amor
mais uma noite em que não se reconhece
mastigou alguns vazios
de libedade
guardou as asas
y dormiu com apenas algumas doses de desejo para comer depois
esse desejo que pinga do corpo
esse desejo suor
carne
espinho
ferradura
arraias de sons miúdos
traqueias furadas
ouvindo o próprio som de quase morte
som sonífero que toca os ouvidos
y só os ouvidos y algumas concretudes do pensamento
que não perfura a própria voz
que não silencia silencios
barulhosos
que não traz sons de galáxias antigas de sorrisos
mas traz o som da vida
pacatos desejos
era isso
apenas a superfície de gelo
ancorada no desejo (hilda)
y porque não acreditava no amor,
começou acreditar em pássaros
essa ideia
y só ideia
de liberdade
porque a verdadeira liberdade, se existe,
está em algum lugar
de Amar,
primeiro despertar
desta noite longa.
trocou voos com o desejo, passarinha?
chamou-o de aberto
daí fechou os olhos
y abriu as asas pra dentro:
sem amor
mais uma noite em que não se reconhece
mastigou alguns vazios
de libedade
guardou as asas
y dormiu com apenas algumas doses de desejo para comer depois
esse desejo que pinga do corpo
esse desejo suor
carne
espinho
ferradura
arraias de sons miúdos
traqueias furadas
ouvindo o próprio som de quase morte
som sonífero que toca os ouvidos
y só os ouvidos y algumas concretudes do pensamento
que não perfura a própria voz
que não silencia silencios
barulhosos
que não traz sons de galáxias antigas de sorrisos
mas traz o som da vida
pacatos desejos
era isso
apenas a superfície de gelo
ancorada no desejo (hilda)
y porque não acreditava no amor,
começou acreditar em pássaros
essa ideia
y só ideia
de liberdade
porque a verdadeira liberdade, se existe,
está em algum lugar
de Amar,
domingo, 18 de junho de 2017
espera
lambeu minhas costas
passou a linha colorida
de fios dourados
beijou minha boca
depois limpou os dentes
com a linha
y foi dormir
só
o bico dos meus seios
flutuam
endurecidos de desejos
efemeridad
também é função do nome
a liberdade da altura
um eu carbonizado
faz amor com o céu
em cinzas
só o amor
nos livra do passado
y da ânsia pelo Todo
meu nome é Poesia
y eu vivo a
Nadar
a liberdade da altura
um eu carbonizado
faz amor com o céu
em cinzas
só o amor
nos livra do passado
y da ânsia pelo Todo
meu nome é Poesia
y eu vivo a
Nadar
madrugada I
há um tempo em que
os lábios secam
sob rachaduras de solidão
um tempo onde sorrimos
para espantar o medo de cair de novo
sob o abismo de si mesmo
um tempo de janelas triangulares
a contrair pontas
geometrias da ausência
então há o tempo do amigo,
aquele que chega no tempo de um café feito na hora
que chama teu nome Andreza
alto,
y te puxa
abismo é o nome
em que não sou
é o nome
em que me prendo
os lábios secam
sob rachaduras de solidão
um tempo onde sorrimos
para espantar o medo de cair de novo
sob o abismo de si mesmo
um tempo de janelas triangulares
a contrair pontas
geometrias da ausência
então há o tempo do amigo,
aquele que chega no tempo de um café feito na hora
que chama teu nome Andreza
alto,
y te puxa
abismo é o nome
em que não sou
é o nome
em que me prendo
presente
se você me visse onde estou,
você me puxaria de volta à margem em que me esqueço?
vou te contar que hoje tive um sonho
vou te contar porque não te puxei
do sonho que você não estava nele
você sumia sobre o teu nome concreto
líquida
y é assim que eu gosto da nossa história
lugar onde você escorre de mim
acena,
eu gosto que você vá embora de mim
eu já fui
quando você começou a contar o tempo dos passos
começou a ponderar desejos
a iludir ideias,
então vou encontrar uma árvore bem grande para
escrever teu nome nela
y fim
aí você pega a máquina de moldar papéis secundários
encontra teu nome,
lamina roxa
afia
enfia na garganta
y faz um colar
vai ficar lindo
você me puxaria de volta à margem em que me esqueço?
vou te contar que hoje tive um sonho
vou te contar porque não te puxei
do sonho que você não estava nele
você sumia sobre o teu nome concreto
líquida
y é assim que eu gosto da nossa história
lugar onde você escorre de mim
acena,
eu gosto que você vá embora de mim
eu já fui
quando você começou a contar o tempo dos passos
começou a ponderar desejos
a iludir ideias,
então vou encontrar uma árvore bem grande para
escrever teu nome nela
y fim
aí você pega a máquina de moldar papéis secundários
encontra teu nome,
lamina roxa
afia
enfia na garganta
y faz um colar
vai ficar lindo
bosque encantado
gosto de falar sobre a ponta
dos dedos se tocando
frenesi de borboletas
agudas de liberdade
se amando
dois animais,
apenas
há penas
embora borboletas
se amando
se
amando para ir
se
amando para ir
embora
amando
amando
quarta-feira, 14 de junho de 2017
terça-feira, 13 de junho de 2017
mais uma noite de lua cheia
os poemas que se manifestam em
estrelas cadentes
brincam com o infinito...
ninguém sabe
onde um espaço de céu
y nada
estrelas cadentes
brincam com o infinito...
ninguém sabe
onde um espaço de céu
y nada
segunda-feira, 12 de junho de 2017
light paiting [aquarianas]
ela disse que existe um poema
possível
poema incandescente
que nasce da lava dos vulcões
invisível
poema espiritual
feminino
repleto de palavra nenhuma
espiral
da carne que se veste a nossa face
dos braços
da cintura
das mãos que invadem o dorso da poesia
das folhas de todas as florestas
das chuvas de todas as nuvens de dentro
y maçãs
onde escorpiã é Rainha
material da vénus
em ascendência
milhões de beijos-luz
caminhando magia
canal precioso de iluminuras:
poema vai surgindo y mete as asas
nos meus seios
explode um arco colorido
y volta para estado de danza
beijafloreando passos,
o poema é o poema
poema
poesia
então me põe um lugar de nuas asas
onde os pássaros descansam
atrás de quatro asas marítimas ou barbatanas amarelas
de mãos
tateando o infinito
em busca do que faz tremer o corpus
em estado do que faz correr o tempo das asas
o lugar que ela fala
só gente voando braços
pernas
cabeça invadindo
o escuro das saias
gente que já é outro
possível de carícias
em abandono delicado
deliciado
um poema-lugar que o poema perfura
a vida
onde o poema só respira
y a orquestra humana se apresenta
voraz
y a dança
leva
y só leva
lava, pó, fogueira,
sorrisos de lá
silêncios
para o estado onde não se pode
mais dizer palavra
aí existe um poema
que não se sabe
y ela vez ou outra ousa
pousar no que se quer ser
madura
ela, sempre inteira
porque em
partida..
ela disse que ela existe possível..
eu acredito
possível
poema incandescente
que nasce da lava dos vulcões
invisível
poema espiritual
feminino
repleto de palavra nenhuma
espiral
da carne que se veste a nossa face
dos braços
da cintura
das mãos que invadem o dorso da poesia
das folhas de todas as florestas
das chuvas de todas as nuvens de dentro
y maçãs
onde escorpiã é Rainha
material da vénus
em ascendência
milhões de beijos-luz
caminhando magia
canal precioso de iluminuras:
poema vai surgindo y mete as asas
nos meus seios
explode um arco colorido
y volta para estado de danza
beijafloreando passos,
o poema é o poema
poema
poesia
então me põe um lugar de nuas asas
onde os pássaros descansam
atrás de quatro asas marítimas ou barbatanas amarelas
de mãos
tateando o infinito
em busca do que faz tremer o corpus
em estado do que faz correr o tempo das asas
o lugar que ela fala
só gente voando braços
pernas
cabeça invadindo
o escuro das saias
gente que já é outro
possível de carícias
em abandono delicado
deliciado
um poema-lugar que o poema perfura
a vida
onde o poema só respira
y a orquestra humana se apresenta
voraz
y a dança
leva
y só leva
lava, pó, fogueira,
sorrisos de lá
silêncios
para o estado onde não se pode
mais dizer palavra
aí existe um poema
que não se sabe
y ela vez ou outra ousa
pousar no que se quer ser
madura
ela, sempre inteira
porque em
partida..
ela disse que ela existe possível..
eu acredito
sábado, 10 de junho de 2017
ato
y porque não viu a rosa,
da minha boca só restavam
espinhos
y uma pétala
afogada
a mudez é só uma altura
do silêncio..
da minha boca só restavam
espinhos
y uma pétala
afogada
a mudez é só uma altura
do silêncio..
terça-feira, 6 de junho de 2017
da poesia
existe um poema segredado
altar poético de cada poesia
é uma tempestade de asas.
é rio que corre parado.
é um porto de loucuras,
à margem do infinito de cabeças
é uma cena
Poesia-Senha de si
- y eu ia dizer Senhora -
é escuro com susto de estrelas y caos
é fundo y poço
é plano y raso
aço
éter profano
[sagrado]
existe um poema exaltado num depois
poesia...
em que se põe de quatro
y a gente reza dequatro
mete a língua y toma vinho
de segredos
nunca precisa ser no quarto
depois descansa das roupas
espírito
y senta
ora
ch
ama
altar poético de cada poesia
é uma tempestade de asas.
é rio que corre parado.
é um porto de loucuras,
à margem do infinito de cabeças
é uma cena
Poesia-Senha de si
- y eu ia dizer Senhora -
é escuro com susto de estrelas y caos
é fundo y poço
é plano y raso
aço
éter profano
[sagrado]
existe um poema exaltado num depois
poesia...
em que se põe de quatro
y a gente reza dequatro
mete a língua y toma vinho
de segredos
nunca precisa ser no quarto
depois descansa das roupas
espírito
y senta
ora
ch
ama
troca
ele apertou o parafuso
y me olhou
por um momento muito breve
parecia que era a mim que ele tinha apertado
quase doeu,
mas eu não sei o tempo
dos parafusos
então deixei pra lá
y me olhou
por um momento muito breve
parecia que era a mim que ele tinha apertado
quase doeu,
mas eu não sei o tempo
dos parafusos
então deixei pra lá
segunda-feira, 5 de junho de 2017
vieste
vieste me encontrar
onde o fio da vida é porto
dum logradouro de abandonos
todas casas desertas
o canto das paredes habitado de loucuras
amor ou outro rondando o amor que é
amar
y porque vieste de novo onde me acenou
um dia
os versos do teu nome se..me escapam
só através do espelho
enlouqueço essa voz que sussurra o espelhar maldito do teu nome
não tem nada mais, lá
entre as janelas
além daqueles eternos invisíveis
bendito seja também o teu nome maldito
voltei onde me acenas
porque nunca fui
y num que fui pássaro - dessas noites em que não se sabe [nadar]
desses dias em que não se sabe
nada
nada
y se voa de Fé
num então de de.novo,
porque vieste tropeçoso entre meus pedregulhos
y ainda assim insistente
me indicou o corrimão
da aurora dos silêncios
acenosa, à margem em que volto
ou vou [não sei]
eu te ofereço parte
do que em mim é margem
em que me esqueço
eu te ofereço
minha partida mais chegada
eu te ofereço uma altura que não sei
de fé
vieste
[com amor, para walmir ayala]
onde o fio da vida é porto
dum logradouro de abandonos
todas casas desertas
o canto das paredes habitado de loucuras
amor ou outro rondando o amor que é
amar
y porque vieste de novo onde me acenou
um dia
os versos do teu nome se..me escapam
só através do espelho
enlouqueço essa voz que sussurra o espelhar maldito do teu nome
não tem nada mais, lá
entre as janelas
além daqueles eternos invisíveis
bendito seja também o teu nome maldito
voltei onde me acenas
porque nunca fui
y num que fui pássaro - dessas noites em que não se sabe [nadar]
desses dias em que não se sabe
nada
nada
y se voa de Fé
num então de de.novo,
porque vieste tropeçoso entre meus pedregulhos
y ainda assim insistente
me indicou o corrimão
da aurora dos silêncios
acenosa, à margem em que volto
ou vou [não sei]
eu te ofereço parte
do que em mim é margem
em que me esqueço
eu te ofereço
minha partida mais chegada
eu te ofereço uma altura que não sei
de fé
vieste
[com amor, para walmir ayala]
ritualistic
algo me acontece
quando me banham
de sorrisos
em noites de fogo
não te beijei ainda,
y sei que teu sorriso tem gosto
de maçã
quando me banham
de sorrisos
em noites de fogo
não te beijei ainda,
y sei que teu sorriso tem gosto
de maçã
uma
sob o caldeirão de fogo
eu te beijaria, girando entre teia y saia,
infinitas vezes
mais
transando escorpiã
eu te beijaria, girando entre teia y saia,
infinitas vezes
mais
transando escorpiã
síndrome da beleza
de novo ela estava lá lambendo o céu
quando eu quase cheguei
mas não fui ainda,
porque tem algo de belo em olhar pássaros
chupando nuvens
enquanto não chovem
se eu escrevesse uma história infinita,
ela seria apenas isso de que a chuva nasce é do voo dos pássaros
por isso quando fazem amor,
as tempestades..
asas em asas
uma fundura
perdição
por isso eu insisto em conhecer amores
em dias de chuva,
para abrir a boca y
tomar o primeiro gozo
batendo
asas
também
gozo de voos
vindo dos céus
em que se voa com pressa
do outro
[y pode ser que já era amor]
quando eu quase cheguei
mas não fui ainda,
porque tem algo de belo em olhar pássaros
chupando nuvens
enquanto não chovem
se eu escrevesse uma história infinita,
ela seria apenas isso de que a chuva nasce é do voo dos pássaros
por isso quando fazem amor,
as tempestades..
asas em asas
uma fundura
perdição
por isso eu insisto em conhecer amores
em dias de chuva,
para abrir a boca y
tomar o primeiro gozo
batendo
asas
também
gozo de voos
vindo dos céus
em que se voa com pressa
do outro
[y pode ser que já era amor]
promessa de noite de chuva
deito sob o asfalto,
os amarelos pedindo atenção
os faróis todos de cores "pare!"
você me puxou,
durou três segundos y algumas eternidades,
o infinito que me trouxe você.
y porque chovia,
foi se esquecendo, doce, sobre mim...
esqueceu a palma das mãos no meu rosto
esqueceu os dedos nos meus cabelos
esqueceu lascas de unha nas minhas costas
esqueceu muitos beijos longos
no altar dos nossos corpos
esqueceu minhas pernas enlaçadas sob as tuas
embaixo do manto
esqueceu de ir embora
agora fico aguada,
dentro desses portais
que me floresce
por dentro
os amarelos pedindo atenção
os faróis todos de cores "pare!"
você me puxou,
durou três segundos y algumas eternidades,
o infinito que me trouxe você.
y porque chovia,
foi se esquecendo, doce, sobre mim...
esqueceu a palma das mãos no meu rosto
esqueceu os dedos nos meus cabelos
esqueceu lascas de unha nas minhas costas
esqueceu muitos beijos longos
no altar dos nossos corpos
esqueceu minhas pernas enlaçadas sob as tuas
embaixo do manto
esqueceu de ir embora
agora fico aguada,
dentro desses portais
que me floresce
por dentro
vidraça
são tuas ou minhas
essas gotas de suor
chupando a vidraça do passado?
separadas,
do lado cá - do seu lá
sigo voando três giros pela manhã [sonho liberdade solidão]
três saltos a tarde [desejo - necessidade - amor?]
y três beijos a noite [onde te escrevo poemas, onde te reescrevo poemas, onde te me inscrevo]
presentes que ficam ainda
estancados sob a janela
enquanto você não chega
essas gotas mudas..
soprei também três palavras num poema que sempre foi pra você
'teamo
te amo
t e a m o'
suada,
visto a roupa
y o varal
gotejante
te espero na altura de fora
onde o nosso vento pode chegar
mais y mais naquele passado
embolorado entre as pernas
sigo meus movimentos
y eles querem o lado de lá do meu cá
eles querem você
enquanto você não volta
traço firme no salão a dança do teu riso
a que tua fome me ensinou
são tuas ou minhas essas gotas
em que floresço ainda?
espero calendulosa
a promessa
em amarelo
do seu nome
do seu nome
rastro
repeti mais três vezes
aquele circulo
em volta do teu sorriso
alado
circuncidado,
meus passos se voltam contra si
tropeço
y caio,
morrer
é apenas questão
de outra parte
aquele circulo
em volta do teu sorriso
alado
circuncidado,
meus passos se voltam contra si
tropeço
y caio,
morrer
é apenas questão
de outra parte
desfecho
fecho os olhos
só a poltrona conhece o peso
desses indizíveis
o meu corpo está molhado
dessas securas
um suor que alimenta cada vez mais as loucuras que não digo
corpo pesado
de pensamentos
se pudesse,
conteria a brasa do fogo
de mais um adeus
mas escorro, pequenina
entre os girassóis desenhados no braço
que me acolhe
é uma poltrona irlandesa
amputando
calada
minhas asas
só a poltrona conhece o peso
desses indizíveis
o meu corpo está molhado
dessas securas
um suor que alimenta cada vez mais as loucuras que não digo
corpo pesado
de pensamentos
se pudesse,
conteria a brasa do fogo
de mais um adeus
mas escorro, pequenina
entre os girassóis desenhados no braço
que me acolhe
é uma poltrona irlandesa
amputando
calada
minhas asas
sexta-feira, 2 de junho de 2017
de novo
se você ainda ouvisse a minha voz
eu pediria para passar a língua na tua garganta até te lembrar da tatuagem que fizemos com o
infinito
repetidas vezes, chuparia o teu silêncio
até que deles brotassem os teus desejos
lamberia os retalhos dos teus sonhos até que
você sonhasse com o tempo das mãos juntas
morderia a lembrança dos poemas até
você me recitar, me chupar
até você parir a noite
nua
y gritar louca como te vejo: 'sua..'
aí então eu entraria,
templo sagrado do teu eu
até chegar por dentro da garganta
escarlate
onde me esperas
poesia
onde eu meteria, colorida de ti,
todos os seus/meus movimentos
encarnados
num feixe de sonhos amarelos y desejos azuis
y eu meteria meus silêncios dançantes
de você
meteria alguns poemas errantes
prateados
uns retalhos que tínhamos y ficou comigo
das alturas que fomos juntas
un día
no toco de uma das árvores da floresta de ti
pegaria a maçã dourada
concluindo com o nada que
cheio de retalhos são os invernos
y as flores que se escondem em seus infinitos de não nascença
até que nós duas: labaredas de nós
choveríamos estes escuros claros
Uma-duas
até pousarmos juntas no nosso tempo:
pirotécnicas
templárias
é o tempo do sabor
o templo da boca
é o nosso tempo de amor
sem que possa contar,
como uma prece de lobas,
você me uiva em infinitos
lembro y lambo, repetindo a oração
das noite de ombros calados
[de novo y de novo y de novo]
fazemos o amor
co'as curvas de alguns silêncios
encantados
[encarnados]
onde mora um possível de poemas
y escorregam de novo como se brotassem assim
escorridos das tuas
pernas
no alçar voo de brancuras
me enfiando um arco íris de sorrisos
me enfiando tua linguagem passariciosa
em estado elevado de ausência,
essa presença
algo como líquido
escapando do fundo dos ossos de onde nascem as palavras
como o amor das pétalas em todas as rosas
que não nasceram nunca
ainda
sob uma espera de rosas
numa tatuagem livre
no invisível sutil deste
ou de outro amor
Nosso..
eu pediria para passar a língua na tua garganta até te lembrar da tatuagem que fizemos com o
infinito
repetidas vezes, chuparia o teu silêncio
até que deles brotassem os teus desejos
lamberia os retalhos dos teus sonhos até que
você sonhasse com o tempo das mãos juntas
morderia a lembrança dos poemas até
você me recitar, me chupar
até você parir a noite
nua
y gritar louca como te vejo: 'sua..'
aí então eu entraria,
templo sagrado do teu eu
até chegar por dentro da garganta
escarlate
onde me esperas
poesia
onde eu meteria, colorida de ti,
todos os seus/meus movimentos
encarnados
num feixe de sonhos amarelos y desejos azuis
y eu meteria meus silêncios dançantes
de você
meteria alguns poemas errantes
prateados
uns retalhos que tínhamos y ficou comigo
das alturas que fomos juntas
un día
no toco de uma das árvores da floresta de ti
pegaria a maçã dourada
concluindo com o nada que
cheio de retalhos são os invernos
y as flores que se escondem em seus infinitos de não nascença
até que nós duas: labaredas de nós
choveríamos estes escuros claros
Uma-duas
até pousarmos juntas no nosso tempo:
pirotécnicas
templárias
é o tempo do sabor
o templo da boca
é o nosso tempo de amor
sem que possa contar,
como uma prece de lobas,
você me uiva em infinitos
lembro y lambo, repetindo a oração
das noite de ombros calados
[de novo y de novo y de novo]
fazemos o amor
co'as curvas de alguns silêncios
encantados
[encarnados]
onde mora um possível de poemas
y escorregam de novo como se brotassem assim
escorridos das tuas
pernas
no alçar voo de brancuras
me enfiando um arco íris de sorrisos
me enfiando tua linguagem passariciosa
em estado elevado de ausência,
essa presença
algo como líquido
escapando do fundo dos ossos de onde nascem as palavras
como o amor das pétalas em todas as rosas
que não nasceram nunca
ainda
sob uma espera de rosas
numa tatuagem livre
no invisível sutil deste
ou de outro amor
Nosso..
merda
os blogs
os livros
os pássaros
as florestas
os faxineiros
o carteiro
a cartomante
a menina louca
o lobo
a loba
a lua
os punhais
as punhetas
as bocas
as bocetas
os poemas
todos estão a dizer sobre
a m a r
enquanto o amor está lá.. borrado entre os silêncios!
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