terça-feira, 19 de setembro de 2017

imensidão

miro o sol
atento
aos sentidos das pedras

a morte do que foi
passando de boca em boca
agora
o céu azul

vazios,
essas alturas de encontro

agora vazias
as minhas mãos das tuas

tua pele nua
imitando todo som
me lembrando qualquer
tua pele nua..
feito pedra

tua pele sempre
nua
sobre a minha

sinto por dentro um efeito de alturas
de pétalas de rosas cadentes

onde folheio com a ponta dos dedos
folha por folha
até virar
memória
este poema

onde, cheias,
minhas mãos
te alcançam
imensidão

Nenhum comentário:

Postar um comentário