o que faço
com esse escorpião alojado
na garganta?
te escrevo poemas
sem futuro,
penso montanhas
pomba gira
tua pele nos ferrões
dos meus versos
você nua,
a tecer demônios
sobre mim
implorando que eu pare
enquanto,
escreve mais um poema
onde eu morro
nos teus braços
você debruçada
sobre minha garganta,
chupando
como quem contem meus venenos
por cima,
chupando
enquanto
louca,
me esqueço
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