domingo, 19 de junho de 2016

espera

sabe quantas tulipas
tenho enterradas vermelhas
embaixo da língua?

fez um ano desde que você teceu o véu
do desamor
e minha boca não deságua...

eu não esqueci o seu nome.
aquele nome que você não me disse
o nome que eu nunca soube e também não esqueci

eu ainda procuro nos vão dos versos que escrevo
como uma promessa
o Teu Nome

como pétalas que secam e renascem de si mesmas,
como pétalas suicidas

secam e renascem
de suas próprias mortes

sem pudor na mesma terra árida de amor
elas voltam

só você que não volta
e não sei porque algo em mim vive nascendo
e espera

Nenhum comentário:

Postar um comentário