eu te pareço domesticável, T.B.?
olha esses cortes no quadro
essa falta de lugar
olha essas cobras e lobos
me tomando pelas costas
eu realmente pareço caber neste quadro autônomo
surrealista. amarelo. xamânico.
brasiliense?
por acaso a tua mulher tem uma cicatriz
invisível em algum lugar das costas?
por acaso eu sou alguém que inspire alguma verdade
que não seja a dor dos meus olhos rasgados?
sabe aonde você me mora?
nos meus cílios
e é por isso que faz tempo que não choro
porque você não me vê, T.B.
você vê o que você veria
e isso me faz estar só
de novo, mais uma grande oportunidade de falar sozinha com você
sabe aquele vermelho,
toma! é teu amarelo.
volta e conta que azul é aquele amarelo,
diz se te alcançam aquelas cores nenhuma.
conta se elas te dizem um mínimo
e eu te digo que o meu vermelho também é
t'azul
Nenhum comentário:
Postar um comentário