quinta-feira, 11 de maio de 2017

sobre a eterna partida no mapa

me disse tantas vezes "não te prendas". logo eu, que nunca me prendi a nada. que queria mudar isso, fazer história, mesmo não sabendo que nunca seria de mim isso. eu que de tudo voo. até dos amores. disse que não se pode prender ao humano, quando a alma cheia de seres de outros planetas. quando a Deusa chama. hoje a minha tribo tem um nome ida, até o encontro. a minha tribo hoje é o outro. ela disse para dizer adeus. eu que coleciono adeus. que me prendi na poesia para poder alcançar algum encontro que por um momento escrito seja verdade. que sei que por um momento muito sutil dentro de mim também foi. ela disse para eu voltar porque a nossa história nunca vai acabar numa conversa. voltar pra ela, é a unica volta de que se fala. porque nossa história sim não é das palavras. então eu volto. faço o café, beijo sua tatuagem y vou embora. a diferença é que ela sempre soube que eu eu iria embora. mesmo eu mesma indo embora y não sabendo

agora esses versos
líquidos
carregando uma enchente no significado das palavras

agora essa tempestade
que se me
transborda

no fim de um raio
onde Lúcifer me acena
os passos
me esperam
[meus]

desde ontem
que eu floresci meus conceitos
que quero voltar lá

eu disse voo
                    lto

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