a morte, se soubéssemos como começa, talvez trocaríamos mais docemente o que parece vida. mas a morte vem aos poucos, nos detalhes, nos descuidos. ela começa antes tantas vezes. ela vem sorrateira, pequena: um gozo e fim. ou uma ternura, sorrisos e depois esquecimentos.. os detalhes que se perdem não se sabe onde, a flor que não faz mais parte, o sorriso que não é mais tão presente, as coisas que de tantas nem damos importância. os dedos teclando ou alisando outros caminhos.
a morte começa cedo
só depois percebemos o morto.
e o morto está sempre para o céu,
está para o que é ir embora,
está para o que é se perder de novo
e ser infinito...
a morte é um voo,
sem pássaro ou nome,
só um voo.
um enorme voo
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