quarta-feira, 2 de maio de 2018

a poesia do sonho

é sempre assim a cobra
se
arrastando sobre o meu sexo.

de veneno, só
o gozo que se me escorre
entre

as pernas loucas trêmulas

terra sobre terra
ela avança mais um
cem

metro

e as métricas todas se confundem em teamo

poesia agora
enrolada às canelas

sobe un poco más
e se enrosca na minha cintura
y morde
y morde
y morde

porque essa não é história de veneno
ou morte
de luz ou escuridão

essa é a história de uma tatuagem antiga
uma história de passagem

travessia de mim,
que faz
amor


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