segunda-feira, 16 de abril de 2018

ao amor desse tempo

honro-te com minha boca
com todos os possíveis
dos meus lábios

com o silêncio do meu ventre,
as mãos a passarinhar pelo salão do teu corpo
boca,

honro-te
com meus dedos
dentro-fora
fora-dentro
                    tateando absurdos.

honro-te
com a cicatriz muda das minhas costas
ou a aridez das minhas palavras

honro-te com a presença constante
das minhas ausências
magnetismos de tempestades
quebradiças
ao chão do teu tempo

honro-te o que em mim
é agora
e queima:
você

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