quinta-feira, 19 de abril de 2018

segunda-feira, 16 de abril de 2018

ao amor desse tempo

honro-te com minha boca
com todos os possíveis
dos meus lábios

com o silêncio do meu ventre,
as mãos a passarinhar pelo salão do teu corpo
boca,

honro-te
com meus dedos
dentro-fora
fora-dentro
                    tateando absurdos.

honro-te
com a cicatriz muda das minhas costas
ou a aridez das minhas palavras

honro-te com a presença constante
das minhas ausências
magnetismos de tempestades
quebradiças
ao chão do teu tempo

honro-te o que em mim
é agora
e queima:
você

em hilda

'.estar. sendo.
.ter. sido.'

para onde vão as pétalas?

agora meu sexo
em estado líquido:
pétalas frescas a desfolhar
na rua..
esquinas mudas
                          da tua boca.

quarta-feira, 11 de abril de 2018

de onde se faz o amor

corromperia a visão de um homem,
a liberdade

corromperia as eternas infâncias
correndo feito um lobo
com as asas presas entre os cílios

corromperia a liberdade,
a Liberdade

por isso as asas insistem
nascer
perto
mais perto ainda dos lábios,

da boca

terça-feira, 3 de abril de 2018

segunda-feira, 2 de abril de 2018

vem

vem,
dança comigo aquele poema
azul no meio da.
azul
perto do.

vermelho..

vem,
que eu aqueço algumas palavras
obscenas
no meio das tuas

no meio do
teu..

vai,
fode comigo esse poema
esquece a lamparina
enquanto o poema é inteiro
ar e efeito
armadura
seios
rigidez
estremecimento

vem,
tira a blusa desse poema
a calcinha
encontra a boca
as costas nuas
os dedos gotejantes
os lábios

vem,
pr'esse poema de perna aberta
e olhos fechados
que te espera

só as tuas asas sobre as minhas
emudece
esse poema
vou