quarta-feira, 10 de setembro de 2014

cantos de fada

Era uma vez eu terra por dentro, e que por lá muitas flores e cactos e fruta semente sexual assexuada sem limite céu do corpo extensão infinita nos olhos. então que era uma vez seu beijo preparando terra e florescimento e atrasando girassol, queimando margaridas e crisântemos e lótus no seu no céu da boca-terra garganta tarantula aranha de jardim, teias e tetos de desejo aguado na sombra corpo. então que um dia dormindo minha costela arde e é um filho, três mil pétalas gêmeas de amor toda escorrendo no sonho e morrendo morrendo, porque sonho já acontece morrendo, porque na nossa imaginação a gente mata amor com perguntas bestas, e então esse jardim ao avesso me espeta por dentro os galhos e também árvores me nascem e não me cabem, e meu filho, que é pé de estrelas carambolas cortadas de aborto e caos, morre vivendo, e esqueço esqueço no aborto-me... então que você já toda árvore aqui, genealógica sem fim, frutífera de amora segura sangue de amora e demora, demora no meu sexo até a'tingir um milhão de vermelhos antigos e quando no já sangue, rosa paixão ardente nascendo já por dentro do seio, uma duas três formigas também lambendo e crescendo-me crescendo-me por dentro até fim de abelha, e mel todo já na colmeia do meu ventre, e lambendo lambendo ela vinha toda rainha infinita de quase borboleta e no estômago plantando um milhão de outras borboletas, com as asas furadas de quase céu ou não e voando, voando caiam na coxa da minha terra e me esquecia na janela do amor, e chupavam-me a poesia infinita da terra, e da morte sugavam vida, da quase águia de quase coruja inventando-me terceiro olho na garganta do mundo, que quase me nasceu um bico outro no seio, bico de beija-flor, quase tatuagem experimento de caos de terra fazendo amor com quase lírio lado esquerdo do ouvido, mas quando no quase já outro que só não veio porque borboleta já era em terra, e era e é ágil e me tomou asa a dentro, e costurou a minha na tua asa e me levou antes que eu  elefante, antes que eu lagarte, porque amor já nasce borboletado, e então que era uma vez o amor e o beijo, três mil asas batendo no meu coração, e o desejo na ponta da asa, na ponta da ponte da vida do para se,pre, eu e ela, que era quase dedo do meu na minha / ferida inventada, e amor no teu eu já quase inumana de tanto sentir, na tua asa colada, cola, colada de voar na vida,  e que essa história que é de invasão de terra, era já toda invasão voo borbotando ideia, então que era uma vez mesmo: uma borboleta nadadeira oxigênio terra, e era uma vez que ela tomava meu sangue marrom seco e me plantava felicidade nos contorno do de fora, e era uma vez uma história toda por dentro que tratei de ser morena, que escrevo, quase como se fosse tudo mentira de poeta, pintura barroca de um conto antigo de quase família, casamento, deliciamento. porque até morte e até vida e até em dentro.. ela era uma vez nada...

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